ANBIMA percorre o Brasil de ônibus para entender como a população lida com investimentos

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) acaba de iniciar um novo estudo para entender, mais profundamente, o comportamento do brasileiro com investimentos. A pesquisa qualitativa “Como você investe o seu dindim?”, feita em parceria com a consultoria estratégica Na Rua, vai percorrer mais de 8.000 quilômetros pelo Brasil, levando uma equipe multidisciplinar para as ruas de comércio, praças, parques e outros locais.

Mais de 700 pessoas serão entrevistadas em São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ao longo de quatro meses. Entre os dias 15 e 21 de outubro o ônibus estará em Goiânia. Desse total, 30 vão embarcar no ônibus e participar de uma investigação mais profunda, com dinâmicas abordando toda a sua jornada de investimento de um jeito lúdico.

O objetivo é entender suas motivações, o processo de escolha dos produtos e como lidam com os riscos, considerando vários perfis, costumes e realidades socioeconômicas diferentes. A ideia do ônibus é criar uma atmosfera favorável para que os bate-papos fluam livremente, já que conversar sobre dinheiro ainda é um tabu e gera desconforto em parte da população.

“Sabemos, por meio da nossa pesquisa quantitativa Raio X do Investidor Brasileiro, que um terço da população (31%), ou cerca de 52 milhões de pessoas, tinham investimentos em algum produto financeiro em 2021”, explica Marcelo Billi, superintendente de Educação da ANBIMA. O Raio X, feito em parceria com o Datafolha, ainda mostra as diferenças regionais: essa proporção era de 36% das pessoas na região Sudeste, 33% no Sul, 33% no Centro-Oeste, 27% no Norte e 23% no Nordeste.

“A pesquisa ‘Como você investe o seu dindim?’ fará um levantamento qualitativo, de uma forma mais próxima e dinâmica, para complementar esses dados e nos ajudar a entender de que forma a jornada do investidor pode melhorar e como ele pode atingir seus objetivos de forma mais rápida e satisfatória”, completa o executivo.

Billi ainda reforça que, no final do estudo, em 2023, os dados coletados serão usados para que a ANBIMA e seus associados possam avaliar se há produtos e serviços adequados às necessidades dos investidores e entender que tipos de ações e iniciativas podem ajudá-los a investir melhor. 

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 270 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de regulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.

DADOS DA 5ª EDIÇÃO DO RAIO X DO INVESTIDOR BRASILEIRO SOBRE A REGIÃO CENTRO-OESTE 

_Na região Centro-Oeste, 32% conseguiram economizar. As principais medidas adotadas por quem conseguiu economizar foram: diminuir gastos (15%), como deixar de sair, viajar ou ir em festas; evitar compras desnecessárias (6%) e controlar despesas (5%);

_Em produtos financeiros, a pesquisa mostrou que 33% das pessoas da região Centro-Oeste investem. Os produtos mais usados por esses investidores foram poupança (26%), títulos privados (3%) e fundos de investimento (2%);

_Mas, quando questionados sobre os produtos que mais conhecem, as pessoas da região Centro-Oeste citaram espontaneamente a poupança (9%), ações na bolsa (9%) e fundos de investimento (6%);

_Os investidores da região Centro-Oeste consomem informação sobre investimentos falando principalmente com seu gerente ou assessor (25%), seguido de amigos e parentes (17%) e sites de notícias (9%);

_Os principais canais de busca de informação sobre investimentos pelos investidores do Centro-Oeste são televisão (31%), YouTube (27%), Instagram (24%) e portais e sites (19%).