Avanço tecnológico descortina o horizonte das novas gerações
Diário da Manhã
Publicado em 30 de setembro de 2018 às 00:05 | Atualizado há 6 anosCom localização estratégica, no centro geográfico do país, notável base infraestrutural, logística competitiva e atrativo portfólio de incentivos fiscais do Estado de Goiás, Anápolis apresenta ao Brasil e à América do Sul o projeto multidimensional e inovador do Polo de Defesa e Segurança, indexado ao desenvolvimento de pesquisa, tecnologias e avanço tecnológico, convergente à fabricação, distribuição e manutenção de produtos e serviços para o segmento de defesa e segurança (do alfinete ao foguete e da barra de chocolate do piloto ao uniforme do fuzileiro) em todo o território do Brasil e de outros países sul-americanos.
A consolidação da Base Industrial de Defesa, em Anápolis, traduz a integração dos pilares infraestrutural, industrial, logístico e, principalmente, científico-tecnológico que agregará tecnologia e avanço tecnológico em toda cadeia produtiva do parque industrial de Goiás. Sem desenvolvimento científico não existe inovação tecnológica fundamental para exercitar a competitividade e o crescimento econômico.
Estas métricas explicam o esforço do Comdefesa-Go em resposta às assertivas do Ministério da Defesa e alinhadas com as metas da Estratégia Nacional de Defesa para o incremento da capacitação tecnológica à base industrial de defesa. O grande desafioobjetivo estratégico da END é a capacitação científica e tecnológica do país no setor militar, o que só acontecerá com a efetiva integração dos atores da BID – Governo (Ministério da Defesa incluso), Universidades, Forças Armadas, Forças de Segurança e Indústrias.
Neste cenário, as instituições universitárias públicas e privadas precisam rever suas estratégias para atender as demandas do novo mercado a fim de melhorar a performance da geração de empregos de alto valor agregado, que exigem mão de obra altamente qualificada, É importante considerar que a chamada base industrial de defesa é formada por empresas de vários segmentos produtivos (automóveis, caminhões, tratores, softwares, comunicações, aeroespacial e, evidentemente, armas e munições, por exemplo), mas embora pertençam a setores tão diversos, uma característica comum a todas elas é o emprego de alta tecnologia e processos produtivos totalmente inovadores.
Disserta-se, entre especialistas de países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e China, que as empresas mais competitivas atualmente são as que mais investem em inovação, na rota de sucesso de fábricas inteligentes, flexíveis, ágeis e conectadas com suas cadeias de fornecimento, que conseguem ganhos relevantes de produtividade com o uso de tecnologias digitais.
Na era da dissuasão, da robótica, da simulação, da automação e da interdisciplinaridade menos de duas dezenas de nações possuem competência para projetar, construir e equipar, autonomamente, os mais modernos materiais de defesa existentes no mundo, o que caracteriza uma situação de extrema dependência de tecnologia externa ao mesmo tempo em que sinaliza a existência de um mercado além das perspectivas mais otimistas.
A compra pura e simples de meios militares não confere a uma nação a capacitação tecnológica militar. É a base industrial de defesa que, efetivamente, assegura a soberania de uma nação, pois nem sempre uma logística baseada na importação é garantia de acesso ao material novo e necessária.
Anápolis tem base infraestrutural forte e competitiva, mas precisa romper a fronteira do conhecimento, da pesquisa, da tecnologia, da transferência de tecnologia e da inovação tecnológica, além de criar/manter canais permanentes com o Ministério da Defesa e com os futuros clientes, tanto do mercado interno quanto do mercado externo.
Com perspectivas de agregar inestimável valor científico e tecnológico em toda a cadeia produtiva do parque industrial do Estado, os atores do Polo de Defesa (Governo, Universidades, Forças Armadas, Forças de Segurança e Indústrias) movimentam-se integradamente para avançar o projeto inovador, de alta complexidade, porém factível.
Com capilaridade e musculatura para consolidar um iceberg de projeção continental, estrategicamente localizado no centro geográfico do Brasil e da América do Sul, a apenas 130 km de Brasília, o projeto gerado na Acia impulsionará um desenvolvimento multidimensional que provocará transformações fulcrais na economia tanto de Anápolis quanto de Goiás.
(MVanderic – jornalista)
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