Entretenimento

Dois poemas de Rafael Vaz

Diário da Manhã

Publicado em 23 de setembro de 2018 às 00:00 | Atualizado há 2 semanas

A poesia sempre foi vista como a “prima pobre” das outras artes. Tal­vez por esse motivo, ainda é uma novidade dizer que existem poe­tas novos transitando pelas ruas de Goiânia. Sim, existem jovens que dedicam seu tempo para o fazer li­terário, como forma de expressar toda essa pressão que é viver dentro de uma grande metrópole.

Inclusive, boa parte dos escritos atuais trata essa relação entre interior, cidade grande e a vida urbana. Umaes­pécie de amor-ódio que rende o mais fino texto. Um desses doidos de pedra pela poesia é o paraense Rafael Vaz. Nascido em Altamira, no Pará, mas radicado em Goiânia há oito anos, o poeta diz que escreve sobre o cotidia­no e as relações. “Escrevo porque ne­cessito antes de tudo, a necessidadede contar tudo que vejo ultrapassa o oral e eu acabo registrando o que observo e vivo para que outros também pos­sam ter essa mesma experiência”, diz.

Rafael também fala da dificulda­de, ou melhor, de como é um exercí­cio escrever nos dias atuais. “Acaba sendo um exercício para não enlou­quecer no meio do caos dessa socie­dade e desse momento histórico que vivemos”. O escritor também faz par­te do selo literário Goiânia Clandes­tina e transita pelos eventos literários da cidade. O poeta já tem uma legião de fãs, composta pelos mais assíduos frequentadores de mesas de bar de Goiânia. Nestes locais a poesia de Ra­fael transita, dentro de fanzines que ele mesmo produz e distribui entre largos tragos de cerveja.

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