Teste: Andamos no Chevrolet Prisma 1.4 LTZ 2019 Automático

Norton Luiz
Editor de Veículos

Colocamos o Chevrolet Prisma 1.4 LTZ 2019 automático à prova. Foram oito dias de perambulações por perímetros urbanos e rodovias goianas. Tudo para conhecer melhor o comportamento do sedã compacto líder de vendas do mercado brasileiro. Renovado no ano passado, o Prisma ganhou novo visual e o resultado veio em forma de um design atraente e charmoso. Para este ano, o modelo recebeu melhorias mecânicas e em termos de conforto e comodidade. Poucas, porém importantes.

O sedã avaliado pelo DMAutos não decepcionou. Não mesmo. Agrada pelo espaço interno, conforto, conjunto mecânico, conectividade e pelo porta-malas com capacidade para 500 litros de carga. Tudo que os consumidores de sedãs na sua faixa de preços apreciam. A versão LTZ 1.4 automática testada é o topo da linha e tem preço na casa do 69 mil, valor que não foge à realidade que o carro oferece como custo/benefício ao seu usuário. Mesmo que não seja tão requintado assim no interior.

O Prisma, produzido na plana da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, sobre a plataforma GSV, a mesma do hatch Onix, é um sedã que apresenta uma excelente proposta no seu segmento. Está em sua segunda geração, a qual em nada lembra o modelo da primeira geração, que estreou no Brasil utilizando a plataforma do Celta. O design, ponto de partida levado em conta pelo consumidor na hora de comprar um carro, é um dos pontos altos do sedã da Chevrolet. Realmente muito bonito.

Acelerações

O motor 1.4 de 98 cv, de 13 kgfm de torque, a gasolina, e 106 cv 13,9 kgfm, com etanol responde bem às acelerações, associado à macia e bem ajustada transmissão automática de 6 velocidades. O conjunto não tem sobras de forças, mas mostra serviço quando exigido nas retomadas e ultrapassagens. Soma-se a isso a sua boa estabilidade e o conjunto de suspensão bem calibrado que filtra bem as imperfeições do asfalto e que atua de forma eficiente na estrada de chão.

O motor 1.4 é ágil quando se cobra potência e força dele. Nessa hora, a transmissão automática de seis velocidades trabalha rápido e responde de imediato nas reduções necessárias para que os giros subam e o torque máximo, disponível apenas em 4.800 rpm e de 13,9 kgfm com etanol, mostre sua cara.

O ponto negativo vem nessa hora. Os ruídos do motor invadem a cabine. Não chega a ser algo que incomode tanto assim, mas são perceptíveis aos ouvidos mais apurados. Em tráfego normal, a o isolamento acústico protege bem o habitáculo. O prisma tem 4,28 metros de comprimento, 1,71 m de largura, 1,48 m de altura e 2,53 m de distância entre-eixos, o que favorece no conforto interno dos passageiros, principalmente os do banco traseiro.

Consumo

O consumo médio apresentado durante o teste com o Prisma 1.4 LTZ automático foi de 10,4 km/l na cidade e de 14,6 km/l na rodovia, utilizando gasolina no tanque. Os números registrados pelo Inmetro apontam consumo de 8,1/10,2 km/l e 11,9/14,7 km/l, com etanol e gasolina, respectivamente, na cidade e estrada. O tanque de combustível em capacidade para 54 litros.

A redução no consumo é reflexo do aprimoramento feito no motor 1.4, como nos novos pistões, bielas e anéis retrabalhados, contribuindo para a redução de 30 kg no peso do sedã compacto. Ante ao motor sem essas transformações, o consumo alcançou uma redução de 18%. O motor 1.4 é daqueles que priorizam a economia de combustível, sem abrir mão do desempenho.

Só o fato de o Chevrolet Prisma estar sempre bem posicionado no topo das vendas entre os sedãs compactos e ocupar posição de destaque no ranking geral entre os mais vendidos do mercado explicaria muita coisa. O Prisma LTZ automático é realmente uma opção de compra louvável e que atende em todos os seus pontos as necessidades dos consumidores. As razões são as descritas acima.

O Prisma não é, obviamente, o sedã que você poderia dizer em alto e bom tom que “esse é o carro”. Mas também não cabem críticas ao três volumes da Chevrolet. O equilíbrio de acertos em todos os pontos que contam na hora da compra são uma realidade. Você pega tudo de bom e põe na mesa. O resultado é um sedã capaz de atender todos os requisitos desejados pelo consumidor, até no preço. É o mais em conta entre os sedãs automáticos topo do segmento.

Concorrentes

Em comparação aos concorrentes automáticos Hyundai HB20S, Toyota Etios, Fiat Cronos, Nissan Versa e o Volkswagen Voyage, que ganhou recentemente essa transmissão, o Prisma LTZ tem a seu favor um forte apelo pelo custo/benefício que apresenta. Particularmente, gosto muito do sedã da Chevrolet, a começar pela beleza do sedã.

A linha 2018 do Prisma LTZ ganhou uma nova opção de cor metálica, o azul Infinity, lanternas de neblina traseira e direção elétrica. O nome Prisma saiu do canto direito da tampa do porta-malas e passou para a esquerda, deixando apenas a grafia “LTZ” no lugar anterior. As mudanças estéticas já tinham sido feitas ano passado, quando a grade dupla ganhou aspecto mais horizontalizado e os faróis ganharam Leds.

O Chevrolet Prisma LTZ, que ganhou reforços estruturais e Isofix de série no começo deste ano, traz como itens de série Sistema OnStar, direção elétrica, ar-condicionado, sensor de estacionamento, travas e vidros elétricos com função de um toque, painel com velocímetro digital, bússola e alerta de mudança de marcha, multimídia MyLink e chave tipo canivete com controle remoto das travas e dos vidros elétricos.

E mais: faróis com máscara negra, direção com regulagem de altura, rodas de liga leve de 15 polegadas, volante multifuncional, abertura do porta-malas por controle remoto, sistemas antifurto, freios ABS com EBD, computador de bordo, bancos com espuma mais macia e com revestimento premium e tecido de alto relevo, retrovisores externos com ajuste elétrico, farol com superfície interna cromada, luz de posição em leds e luzes de neblina dianteiras e traseiras.

Além da versão topo LTZ automática, a linha 2019 do Chevrolet Prisma traz as versões LT 1.4 MT (R$ 58.890), Advantage 1.4 AT (R$ 59.590), LT 1.4 AT (R$ 64.390) e LTZ 1.4 MT (R$ 63.890).