Opinião

PPS, avante!

Diário da Manhã

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 00:13 | Atualizado há 6 anos

Po­pu­lar e so­ci­a­lis­ta. Re­pu­bli­ca­no. Não pa­tri­mo­ni­a­lis­ta. Com uma agen­da de mu­dan­ças. Pa­ra o Bra­sil e o Es­ta­do de Go­i­ás. É o que de­fen­de o pro­gra­ma do PPS. Sob a he­ge­mo­nia na­ci­o­nal do ve­lho so­ci­al­de­mo­cra­ta e ex-co­mu­nis­ta Ro­ber­to Frei­re. Um ho­mem de Per­nam­bu­co ra­di­ca­do, ho­je, em São Pau­lo. Com o con­tro­le, nas Ter­ras Go­i­a­zes, de Mar­cos Abrão. Fi­el ali­a­do de Vir-mon­des Cru­vi­nel. Com Ge­ral­do Alckmin no­me na­tu­ral ao Pa­lá­cio do Pla­nal­to. Já com Jo­sé Eliton ao Pa­lá­cio das Es­me­ral­das. Com Ra­quel Tei­xei­ra, vi­ce. Mais: Mar­co­ni Fer­rei­ra Pe­ril­lo Jú­ni­or e Lú­cia Vâ­nia Abrão, ao Se­na­do da Re­pú­bli­ca. A Câ­ma­ra Al­ta ou Re­vi­so­ra do Con­gres­so Na­ci­o­nal

De­pois da tem­pes­ta­de de Dil­ma Rous­seff, Mi­chel Te­mer de­vas­tou o Bra­sil. É o que apon­tam os in­di­ca­do­res. Eco­nô­mi­cos, so­ci­ais e cul­tu­ra­is. Com 27,7 mi­lhões de de­sem­pre­ga­dos e de­sa­lenta­dos. Mais: 14,5 mi­lhões de pes­so­as em si­tu­a­ção de vul­ne­ra­bi­li­da­de so­ci­al, de po­bre­za ex­trema, com me­nos de um dó­lar de con­su­mo por dia. Além de 36 mi­lhões de ho­mens e mu­lhe­res, cri­an­ças, adul­tos e ido­sos no mer­ca­do de tra­ba­lho in­for­mal ou in­vi­sí­vel. Sem di­rei­tos tra­balhis­tas. Mui­to me­nos pre­vi­den­ci­á­rios. Nem a pro­te­ção do Es­ta­do. A Deus da­rá. O nú­me­ro de anal­fa­be­tos se­ria de 11,8 mi­lhões. Da­dos do Ins­ti­tu­to Bra­si­lei­ro de Ge­o­gra­fia e Es­ta­tís­ti­ca.

A vi­o­lên­cia gras­sa o te­ci­do so­ci­al ver­de e ama­re­lo. A OMS, Or­ga­ni­za­ção Mun­di­al de Sa­ú­de, apon­ta que o Bra­sil apre­sen­ta, ho­je, o mai­or ín­di­ce ab­so­lu­to em ho­mi­cí­di­os no mun­do. Em 2016, 62 mil. 2014, 59 mil. Go­i­ás apa­re­ce no ranking co­mo o se­gun­do Es­ta­do em Fe­mi­ni­cí­di­os. Vi­o­lên­cia de gê­ne­ro. Con­tra as mu­lhe­res. Em ple­no sé­cu­lo 21. Não po­de­mos acei­tar. As­sim co­mo o se­xis­mo, a mi­so­gi­a­nia, o ra­cis­mo, a ho­mo­fo­bia, a in­to­le­rân­cia re­li­gi­o­sa. O dia 7 de ou­tu­bro de 2018 bei­ra à nos­sa por­ta. Uma re­fle­xão pro­fun­da é mais do que ne­ces­sá­ria. Um no­vo ru­mo exi­ge o Bra­sil. Go­i­ás re­quer mu­dan­ça com se­gu­ran­ça e con­ti­nui­da­de. Sem aven-tu­ras ou rup­tu­ras tres­lou­ca­das. Com ho­mens res­pon­sá­veis por bra­va­tas, sem equi­lí­brio po­lí­ti­co.

 

(Ar­thur Ot­to, fí­si­co, mes­tre em Ener­gia Nu­cle­ar, con­sul­tor à épo­ca do aci­den­te ra­di­o­a­ti­vo com o cé­sio 137, pro­fes­sor uni­ver­si­tá­rio. Um ho­mem de li­nha­gem so­ci­al­de­mo­cra­ta, cult e so­li­dá­rio)

 

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