Dimensões continentais
Diário da Manhã
Publicado em 3 de agosto de 2018 às 23:54 | Atualizado há 6 anos“Direito brasileiro não permite que haja, pela Lei da Ficha Limpa, o registro válido daquele que tenha sido condenado a partir de um órgão colegiado. Juridicamente, é isso que se tem no Brasil”. Palavras da presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Cármen Lúcia. O cidadão de qualquer País com um sistema legal razoavelmente previsível, no qual autoridade de igual porte assim se manifestasse, não consideraria a possibilidade de um condenado em segunda instância a mais de 12 anos por crime de corrupção, cumprindo pena de prisão em regime fechado, confirmada após o rosário de recursos permitidos, tenha seu registro confirmado pelo Tribunal eleitoral correspondente ou, sequer, por ele examinado. No Brasil, porém, a insegurança jurídica dá margem a que se examinem em algumas digressões jurídicas a possibilidade de candidatura do citado preso, a que seja permitido aos institutos de pesquisa avaliá-lo ou, quem sabe, num cenário absurdo, vir a governar por liminar de dentro da cadeia, o que constituiria uma ópera bufa de dimensões continentais.
(Paulo Roberto Gotaç, via e-mail)
Vice para o Alckmin
Tenho notado que com o apoio do ‘Centrão’ o ex-governador Geraldo Alckmin está em dificuldade para indicar o seu candidato a vice-presidente. Ora Alckmin! Se já foi feito o apoio com o ‘centrão’ por que não indicar um nome dos seus integrantes? Valdemar da Costa Neto, Paulo Pereira da Silva, Roberto Jefferson, Renan Calheiros, José Sarney, seu secretário Paulo Preto e tantos outros nomes que existem na composição do centrão com o PSDB? São todos da sua confiança.
(Benone Augusto de Paiva, via e-mail)
Só faltou o cassetete
Esperei com muita expectativa pela entrevista do pré-candidato à Presidência da República senador Álvaro Dias. Atendi o chamamento da GloboNews para que os brasileiros assistissem ao programa Central das Eleições. Coitado do pré-candidato. Não pôde concluir nada sobre as suas propostas. Quanta grosseria vinda de alguns jornalistas. Considero Álvaro Dias um político sem nódoa e que não merecia ser tratado com tanta descortesia. Lembrei-me do tempo em que eu era criança, morando próximo a uma cadeia, onde policiais e bate-paus arrochavam presos para confessar por crimes que não praticaram. Eu escutava tudo e ficava com muita dó. Só faltou o cassetete. O que será do nobre infante Bolsonaro? Essa eu quero ver.
(Jeovah Batista, via e-mail)
Cai o déficit no 1º semestre
Como resultado dos recursos represados, ou não gastos pelos ministérios, redução de despesas, 2% a mais na arrecadação federal, bons resultados nas estatais, e superávit de R$ 13,214 bilhões apresentado pelos Estados e municípios, o déficit nas contas públicas no primeiro semestre de 2018 surpreende e fecha em R$ 14,4 bilhões. E o inicialmente previsto déficit fiscal para este ano, de R$ 161,3 bilhões, poderá ser menor, ou muito próximo do consolidado em 2017, de R$ 124,4 bilhões. Porém, resultado esse longe do ideal, já que os investimentos não prosperam, a criação de empregos idem, e um PIB medíocre que deverá crescer neste ano entre 1,5% a 2%…
(Paulo Panossian, via e-mail)
Algumas pessoas pensam que Academia de Letras é instituição anacrônica, totalmente desligada do mundo atual
Não subscrevo essa opinião.
Nas academias os membros estimulam uns aos outros. Nas reuniões relatam-se os textos em andamento, os livros projetados ou concluídos, os prêmios alcançados etc. Todos partilham as vitórias obtidas por este ou por aquele. É um ambiente fraterno, não é competitivo. Contrasta com as ferrenhas disputas do universo capitalista. Numa época em que se exalta a matéria, todos aqueles que privilegiam o espírito encontram-se na contramão. Mas é a contramão que faz o mundo avançar e não o pensamento convergente.
(João Baptista Herkenhoff, via e-mail)
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