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Clássicos da literatura ganham versão contemporânea e feminista em “Heroínas”

Redação

Publicado em 18 de junho de 2018 às 23:45 | Atualizado há 7 anos

Em um mundo não tão distante, três mulheres es­creviam suas próprias his­tórias. Daniela d’Artagnan, Marina Artiaga e Roberta Horácio têm algo em co­mum: elas são heroínas, mas não dessas com su­perpoderes. Dentro de suas próprias realidades, elas es­tão dispostas a ocupar seus lugares de fala e a fazer a di­ferença no mundo.

Em junho chega às livra­rias Heroínas, obra que dá uma outra roupagem a clás­sicos da literatura conheci­dos por terem homens no papel principal. Nesta ver­são contemporânea e femi­nista, três autoras da nova geração da literatura nacio­nal assinam os contos: Lau­ra Conrado, Pam Gonçalves e Ray Tavares.

Aqui as mulheres são protago­nistas e conseguem empunhar o escudo para defender os animais enquanto precisam conciliar as provas do terceiro ano e os estu­dos para o Enem. Esse é o caso de Daniela d’Artagnan no conto “Uma por todas e todas por uma”, de Laura Conrado. Nele, “Mos­queteiros” é uma conceituada ONG de defesa dos animais e as veterinárias voluntárias do proje­to são apelidadas de “mosquetei­ras”. Laura cresceu em uma cháca­ra cheia de bichos e adora tomar conta deles, assim como sua mãe. Seu sonho é ser uma mosquetei­ra e após uma tetativa frustrada de entrar para a ONG, ela conhe­ce Agnes, uma das volunárias. E é assim que três mosquetei­ras ganham a ajuda de mais uma mulher que não hesi­ta em defender os animais.

A “Távola redonda” de Pam Gonçalves é organiza­da por Marina Artiaga, líder da comissão de formatura da escola pública Professor José Carlos Ramos. É ela que irá desembainhar sua espa­da para fazer a festa de fim do Ensino Médio acontecer, mesmo com o sumiço do di­nheiro para o evento. A esco­la foi assaltada e o dinheiro que os pais haviam investido com tanto sufoco, desapare­ceu. Mas a coragem e o sen­so de justiça de Marina serão fortes aliados nessa missão.

O “Robin Hood” de Ray Tavares, na verdade, se cha­ma Roberta Horácio, uma habilidosa hacker que in­vade sistemas para corrigir algumas injustiças. Entre outros crimes cibernéticos, ela desviou três milhões de reais de parla­mentares, empresários e religio­sos, incluindo o senador Arnal­do Nevada, aspirante ao cargo de presidente da república. O dinhei­ro é sempre desviado para ONGs. O arco e flecha de Roberta são seu mouse e o teclado. Dessa for­ma ela pode ajudar quem precisa, sem deixar de pensar nas conse­quencias dos próprios atos.

Heroínas é escrito por mulhe­res para que outras mulheres al­cancem o seu protagonismo no dia a dia e percebam que juntas é possível salvar o dia.

Laura Conrado é jornalista, pós­-graduada em Educação, Criativi­dade e Tecnologia. Vencedora do Prêmio Jovem Brasileiro como des­taque na Literatura em 2012, Lau­ra é presença constante em even­tos literários e escolas.

Pam Gonçalves é autora de “Boa Noite” e “Uma História de Verão”, es­corpiana, nascida e criada em Tuba­rão/SC, se formou em Publicidade e Propaganda e atualmente divide seu tempo entre escrever, manter um canal no Youtube para inspirar as pessoas com recomendações de livros e dicas de escrita.

Ray Tavares tem 25 anos, é for­mada em Gestão de Políticas Pú­blicas pela USP e sonha em mudar a realidade do Brasil. Sempre amou ler, mas quando começou a escre­ver fanfics de McFLY aos 13 anos, apaixonou-se por criar histórias e nunca mais parou. Em 2017, publi­cou o seu primeiro livro pela Gale­ra Record, “Os 12 Signos de Valenti­na”, que atingiu a marca de mai

 

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