A energia das estrelas substituirá a do petróleo
Diário da Manhã
Publicado em 29 de maio de 2018 às 23:21 | Atualizado há 7 anosQuando entramos no mundo mitológico, nos deparamos com Apolo atravessando o céu numa carruagem puxada por cavalos soltando fogo pelas ventas, iluminando o Céu e a Terra com o infinito poder das estrelas. Somente Zeus, também possuía tamanho poder. Conta-se que uma das amantes mortais de Zeus – Semele – implorou para que Zeus a deixasse vê-lo na sua verdadeira forma. Relutante, ele concordou. Sua opulência de energia cósmica a carbonizou instantaneamente.
Uma era de energia solar, de fusão de hidrogênio, começa a se insinuar no palco da história humana e certamente irá substituir a energia proveniente dos cadáveres de plantas e animais. Refiro-me a dos combustíveis fósseis. Além da energia de fusão, inclusive a solar, avanços na Física deverão trazer também a era do magnetismo. Flutuando em colchões de magnetismo, teremos trens, carros e pranchas flutuando e deslizando-se com grande facilidade. Se considerarmos que a maior parte da energia desses móveis é consumida para vencer a força de atrito, o consumo energético, com os colchões magnéticos ficará ultra reduzido.
Atualmente, o mundo como um todo consome cerca de 14 trilhões de Watts de energia, desse montante, 33% decorre do petróleo, 20% do carvão, 7% da energia nuclear, 15% da biomassa e hidroelétrica e apenas algo em torno de 0,5% tem como fonte direta, o sol.
Em 1956, M. King Hubbert, engenheiro da Shell Oil deu uma palestra de grande projeção no American Institute e fez uma previsão que foi totalmente ridicularizada pelos colegas de sua época. Previu que as reservas petrolíferas dos Estados Unidos estavam se esgotando muito rápido. Entre 1965 e1971, cerca de 50% do petróleo já terá sido retirado do solo, disse ele, e acrescentou: Os E. U. A. terão que importar parte do petróleo de que necessita.
Muitos consideraram a previsão alucinada, pois na época, o país estava retirando enormes quantidades de petróleo do Texas. Mas ele deu o tiro no alvo. Em 1970 a produção Norte Americana alcançou 10,2 milhões de barris por dia, mas, depois começou a cair e hoje os Estados Unidos importam quase 60% de petróleo. Hubbert pode estar certo também na sua outra previsão: a produção mundial deverá declinar entre 2000 e 2010.
No momento os “senhores do petróleo estão preocupados, pois por detrás do discurso retórico de que existem novas reservas de petróleo comprovadas, existe um sentimento geral de que isso é mais um ‘faz de conta ilusório’”. A verdade é que existe um consenso de que estamos iniciando a descida da curva em sino prevista pelo engenheiro Americano da Shell. Apesar de novos bolsões sempre serem descobertos, o custo da extração e refinamento, em geral é bastante elevado e não compensador.
A pergunta que se faz na seara industrial é: que fonte energética tomará o lugar do petróleo? Atualmente ainda não há resposta certeira. Mas, a transição será marcada por uma mistura de fontes energéticas, contudo, a candidata a se tornar proeminente é a energia solar e fusão de hidrogênios. No momento, o custo da eletricidade produzida por células solares é muito mais elevado do que a produzida por carvão, mas vai baixar cada vez mais em função de novos avanços tecnológicos e a dos combustíveis fósseis está sempre subindo gradualmente. Em dez anos os preços de ambas deverão estar igualados. Daí para frente, a energia solar passará a ter hegemonia no cenário energético mundial.
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