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Relacionamento de um casal sorodiferente é o foco de Senhorita Aurora

Redação

Publicado em 18 de maio de 2018 às 23:48 | Atualizado há 7 anos

Foi durante um jantar com o marido que “Senhorita Aurora” co­meçou a se desenhar para Babi A. Sette. O romance entre uma baila­rina e um renomado maestro que esconde ser soropositivo fez suces­so em ebook e figurou na lista dos mais vendidos na Amazon. Agora, o segundo livro de Babi pela Verus chega também às livrarias.

Para Nicole Alves, balé sem­pre foi como oxigênio. Aos quatro anos, calçou a sua primeira sapati­lha. Dois anos mais tarde, foi aceita na melhor escola de danças do Rio de Janeiro. Os incontáveis treinos, que chegavam a oito horas por dia, a levaram a conquistar uma bol­sa de estudos em uma das acade­mias de balé mais conceituadas do mundo, a Companhia de Ballet de Londres. É lá que ela conhece Da­niel Hunter, um maestro prodígio de temperamento difícil, que irá re­ger a próxima montagem de A Bela Adormecida.

Grosseiro, Daniel conhece o seu valor no meio musical e usa esta posição a seu favor. Sua in­fluência lhe dá autonomia o sufi­ciente para supervisionar os baila­rinos, o que significa mais tempo para infernizar a vida de Nicole, escolhida para o papel de Aurora.

No caminho para o sonho de ter uma sólida carreira no balé, Ni­cole acaba se envolvendo com Da­niel e descobre que ele esconde um segredo: o maestro é soropositivo.

Entre música clássica e sapati­lhas de ponta, Babi A. Sette abre espaço para o debate sobre rela­cionamento de sorodiferentes. Da­niel, que contraiu o virus de uma ex-namorada, revela o dia-a-dia de um soropositivo. Ele é uma das 36,7 milhões de pessoas que vi­vem com HIV no mundo. Os dados são da UNAIDS, programa das Na­ções Unidas criado para ajudar no combate à AIDS. Mas, assim como 53% dos portadores do vírus, Da­niel tem acesso ao tratamento cor­reto e consegue manter uma vida de qualidade. Contudo, os soropo­sitivos ainda sofrem com o precon­ceito e a falta de informação:

“Pude perceber que, apesar de todo o avanço da ciência com relação ao tratamento e à diminuição do ris­co de contágio, um dos grandes pro­blemas ainda enfrentados por pes­soas que vivem com HIV é o medo de revelar sua condição, assim como acontece com Daniel. O temor da re­jeição, do preconceito, de ficar sozi­nho e de se tornar “a doença” e não mais um ser humano que, por infe­licidade da vida ou de suas escolhas, contraiu um virus”, diz Babi.

Senhorita Aurora chega às livra­rias este mês pela Verus

SOBRE A AUTORA:

Formada em Comunicação Social, sente-se metade psicólo­ga; e outra socióloga. Ama viajar, conhecer pessoas e descobrir lu­gares. Apaixonada por roman­ces de época, jura que viveria feliz também no século 19. Atualmen­te, mora em São Paulo com o ma­rido, a filha, um cachorro, um gato e seus personagens

 

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