SMT anuncia reabertura da Marginal Botafogo
Diário da Manhã
Publicado em 17 de maio de 2018 às 01:03 | Atualizado há 7 anos
Após ficar interditada durante quase dois meses por conta de estrago provocado pela chuva, a Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte (SMT) anunciou ontem a reabertura nos dois sentidos da Marginal Botafogo entre as avenidas Anhanguera e Independência. Por outro lado, a pasta disse que alguns trechos vão seguir funcionando apenas em meia pista e com velocidade máxima permitida de 60 quilômetros por hora. Apesar da liberação, que ocorre ao meio-dia de hoje, a SMT informou que veículos pesados, como ônibus e caminhões, estão proibidos de transitar pela Marginal com o objetivo evitar acidentes e maiores estragos na pista.
A via foi fechada nos dois sentidos no dia 22 de março deste ano para que pudessem ser feitos alguns reparos necessários. Danificada por temporais que desabaram sob Goiânia em dezembro do ano passado, a obra para ajustá-la ficou atribuída à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra). Mesmo com a notícia da liberação parcial, a prefeitura declarou que não há previsão de quando a pista estará completamente apta para receber o fluxo de veículos que varia de 80 a 100 mil carros que cortam a capital goianiense de norte a sul todos os dias. A expectativa da Seinfra é que os trabalhos sejam concluídos no final deste mês. Ao longo da reforma, 17 trechos da Marginal foram interditados de maneira parcial.
O atendente de telemarketing Raphael Vinícius, 23, relatou que vem passando dificuldades para se locomover por Goiânia. Segundo ele, o trânsito “está travado em várias localidades da cidade” e “não há outra opção em relação a qual meio de transporte usar”. “Às vezes a gente acaba chegando atrasado em nossos compromissos por conta dos quilométricos engarrafamentos”, diz o atendente, que é motociclista. Para ele, que teve experiências pouco agradáveis neste sentido, os patrões não são nada tolerantes com a falta de infraestrutura viária provocada pelo fechamento da Marginal. “A tendência é que haja uma mudança, mínima que seja, para melhor com a liberação da via”, frisa ele, que mora na Vila Nova.
Com a interdição total da via, o fluxo de carros e motos em inúmeras regiões da capital se tornou mais elevado e praticamente deixou a pista intransitável em determinados períodos do dia. Na época em que foi anunciado o fechamento da Marginal, a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) disse que as fortes chuvas que caíram na Capital foram responsáveis por acumular grande quantidade de água no córrego ao lado da pista, o que fez com que houvesse inundamentos em diversos pontos ao cair uma gota de chuva. Em abril, a Seinfra explicou que não poderia garantir um prazo preciso de quando as reformas terminariam.
Inaugurada em 1991, e principal via rápida da capital, a Marginal Botafogo foi interditada três vezes no decorrer do ano passado. Em dezembro, forte chuva desmoronou três trechos da pista e formou um buraco que atingiu 18 metros de comprimento. No mês de fevereiro, a Seinfra afirmou que uma solução para resolver o problema em definitivo vinha sendo discutida com o governo federal. Ao todo, a reforma da Marginal custaria R$ 17 milhões aos cofres públicos da administração municipal de Goiânia.
REVITALIZAÇÃO
Em fevereiro, o prefeito Iris Rezende (MDB) disse que pediu liberação de R$ 35 milhões do Ministério da Integração Nacional para revitalizar a via. Na ocasião, o secretário municipal de Infraestrutura, Francisco Ivo, destacou que a Marginal possui 14 quilômetros de extensão, porém sofre há pelo menos 30 anos com problemas estruturais provocados pelo tempo. Os trâmites burocráticos, na visão do titular da Seinfra, já estavam em estágio avançado e a reforma sairia do papel em breve. A prefeitura, por sua vez, declarou que o Banco Andino liberou R$ 100 milhões para agilizar o processo de reforma.
A vereadora Sabrina Garcêz (PMB) e o vereador Gustavo Cruvinel (PV) realizaram audiência pública no mês de março para discutir a situação da Marginal. Na reunião, os parlamentares conversaram sobre os problemas estruturais da via e analisaram o plano emergencial que deveria ser adotado para atenuar aspectos relacionados aos transtornos gerados pela interdição da via. O objetivo da emedebista era fiscalizar e ver se a prefeitura estava lidando com essas questões de forma adequada. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO), por sua vez, anunciou que pretende acompanhar a revitalização da via que está prevista para começar no ano que vem.
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