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Livro conta a história do irmão menos famoso de Napoleão Bonaparte

Redação

Publicado em 11 de maio de 2018 às 00:55 | Atualizado há 7 anos

Um dos grandes personagens da história mundial, Napoleão Bonaparte teve a seu lado um irmão menos famoso mas que tornou possível sua chegada ao poder. Em Napoleão e o rebelde, que chega às livrarias em maio pela Record, os autores Marcel­lo Simonetta e Noga Arikha cons­troem uma narrativa original e íntima sobre Lucien Bonaparte. Político talentoso e antimonar­quista com participação ativa e importante na Revolução Fran­cesa, ele foi também um homem romântico e idealista.

Apesar de seu papel crucial no golpe que levou à ascensão do im­perador, Lucien nunca chegou a ser um personagem central na Europa napoleônica. Sua história tampouco foi devidamente conta­da, porque é a história de um ho­mem que escolheu levar uma vida privada: seu romance com Ale­xandrine de Bleschamp fez com que ganhasse a inimizade do ir­mão – que, temperamental, forçou Lucien a escolher entre o amor de sua vida e a busca pelo poder.

Com base em uma grande quantidade de documentos his­tóricos, incluindo as memórias de Lucien, os autores apresen­tam um retrato raro e detalhado do personagem. Desde os primei­ros anos na Córsega até a corte de Madri, passando pelos palácios de Madri e Roma, o texto revela momentos íntimos e vulneráveis desta família que protagonizou um período turbulento que mu­dou o curso da história europeia.

TRECHO

“Era uma carta bastante pater­nalista. Napoleão rebaixava seu irmão, descrevendo-o como um jovem fraco que deve obedecer aos mais velhos. Era verdade que o comportamento de Lucien fora anárquico, que ele tentou bancar o jacobino e mergulhou na políti­ca de forma bastante irresponsá­vel. Mas, em sua carta, Napoleão parecia censurar Lucien princi­palmente por seu idealismo e fal­ta de ceticismo – evidentemente falhas na cabeça de um homem pronto a sacrificar tudo e todos às missões gigantescas que a his­tória lhe confiara. Ele reconheceu que seu irmão tinha talento, mas preferia ignorá-lo, tentando inu­tilmente impor ao inquieto hu­manista a crua disciplina militar, mandando-o de cá para lá segun­do seu capricho e desconsideran­do o fato de que aceitar ordens não era do feitio de Lucien.”

Marcello Simonetta nasceu em Pavia, na Itália. É doutor em literatura italiana pela Universi­dade de Yale e professor de his­tória política europeia do Insti­tuto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po) e da Universidade Americana de Paris (AUP). É au­tor, entre outras obras, de A cons­piração contra os Medici, também pela Record. Noga Arikha nas­ceu em Paris, na França. Bacharel em alemão e filosofia pela King’s College de Londres e doutora em história pelo London’s Warburg Institute, integrou a Academia Italiana de Estudos Avançados da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

 

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