Daniel Vilela se compromete a equiparar salários de policiais
Redação
Publicado em 25 de abril de 2018 às 02:43 | Atualizado há 7 anosO editais mais recentes prevêem subsídio de R$ 1.500 e fazem as mesmas exigências dos concursos anteriores, quando o salário inicial era quase três vezes superior. “O Estado não pode criar classes diferentes para a carreira inicial de policial. Estive com representantes dos agentes e escrivães e me comprometi a corrigir essa distorção caso cheguemos ao governo do Estado”, afirma Daniel Vilela.
O emedebista afirma que, analisando os gastos do Estado junto ao grupo responsável por elaborar propostas na área de Segurança Pública, chegou à conclusão de que o governo está gastando mal. “É possível remanejar despesas de custeio e igualar os subsídios dos policiais que assumiram o cargo público nos concursos mais recentes. O que o Estado faz é desrespeitoso e contraproducente e propomos mudar isso no primeiro dia de governo”, afirma Daniel Vilela.
O tratamento desrespeitoso do governo do Estado com a classe policial já é alvo de questionamentos judiciais. Associações classistas, como o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), recorreram aos tribunais para garantir direitos iguais a todos que trabalham para dar segurança à população. Para a entidade, o pagamento de subsídios distintos para o policial que exerce a mesma função, no nível inicial de carreira, é inconstitucional. Para Daniel Vilela, a diferença salarial, além de gerar questionamentos jurídicos, contamina o clima de trabalho entre os policiais. “É completamente contraproducente pagar salários distintos a quem desempenha a mesma função dentro de uma mesma corporação.”
PRECARIEDADE
A situação precária dos policiais civis foi retratada em reportagem publicada no Portal UOL em janeiro deste ano. Lá fica demonstrado que as forças policiais de Goiás pagam atualmente o pior salário do país e não oferecem condições mínimas de trabalho. Há ainda um contracheque mostrando que, na prática, o policial recebe R$ 50 por dia de trabalho, correndo atrás de bandidos e investigando crimes. “É um trabalho de alta periculosidade e nível de estresse para essa remuneração”, conclui o pré-candidato ao governo.
Daniel Vilela tem feito diversas críticas ao modo como o Estado encara a Segurança Pública. A falta de investimento em pessoal e em inteligência são citadas por ele como os maiores gargalos na área.
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