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Cientistas afirmam que o envelhecimento será evitável

Diário da Manhã

Publicado em 24 de abril de 2018 às 22:12 | Atualizado há 7 anos

Um conto muito antigo que data do século XXVII a.C é o da epopeia de Gilgamesh, o herói e guerreiro da Mesopotâ­mia. Ao constatar a morte do seu grande amigo e companheiro, ele resolveu empreender uma busca incansável para descobrir os se­gredos da imortalidade. Depois de muito tempo de busca – diz a lenda – Gilgamesh descobriu o se­gredo da imortalidade, entretan­to, uma serpente, na última hora, acabou lhe roubando o segredo…

É possível que a odisseia de Homero tenha se inspirado no épico de Gilgamesh. O impera­dor Qin, unificador da China em 200 a.C enviou frotas de navios a terras distantes para encontrar a fonte da juventude. Naturalmen­te, todas sem sucesso. Os alqui­mistas da idade média falavam com reservas sobre o segredo do elixir da juventude. “Ser sempre moço, belo e rico”, eis o escopo da grande obra, diziam.

Nos tempos atuais, grande parte dos cientistas admitiu que a duração da vida era fixa e imu­tável, fora do alcance dos conhe­cimentos científicos, entretanto, esta visão retrocedeu em função dos assombrosos resultados que revolucionaram a Biologia Mole­cular. Atualmente a Gerontologia é uma das áreas da Ciência que mais atrai investimentos e inte­resses de pesquisadores. Os se­gredos do envelhecimento estão sendo desvendados. O DNA hu­mano difere do DNA do Chipan­zé em apenas 1,5%, porém, hu­manos vivem 50% mais do que os Chipanzés. Qual o segredo desse relevante aumento?

Atualmente, há uma “Teo­ria Unificada do Envelhecimen­to”. Nessa teoria, os cientistas afir­mam que o envelhecimento resulta do acúmulo de erros no nível mo­lecular, principalmente no DNA, e no nível celular. Os radicais livres e a oxidação, por exemplo, causam danos no nanocenário das células como um todo. Verdadeiras suca­tas moleculares vão se acumulan­do e prejudicado o funcionamen­to do biossistema, algo análogo ao processo de enferrujamento.

A segunda Lei da termodinâmi­ca diz que: “A entropia total (caos), sempre cresce”. As plantas, os ani­mais, os ecossistemas, o planeta e o próprio universo estão condena­dos a deterioração. Contudo, a um ponto a ser considerado na Lei. É a entropia total que aumenta. Por­tanto, é possível reduzir a entropia em um lugar e reverter o envelheci­mento e aumentar em outro lugar. Dentro de uma geladeira a entro­pia diminui com a queda da tem­peratura, porém, atrás da geladeira o calor aumenta expressando um aumento entrópico. O ganhador do Prêmio Nobel, Richard Feyn­man disse: “Não há nada na Bio­logia já descoberta que indique a inevitabilidade da morte. Isto me sugere que ela não é de todo inevi­tável e que é apenas uma questão de tempo para os biólogos desco­brirem o que é que está os causan­do o problema, assim, essa terrível doença universal ou temporalida­de do corpo humano será curada”.

Recentemente, os cientistas criaram várias gerações de animais que viveram muito mais do que o que era considerado “normal”. Aná­lises genéticas mostram que o en­velhecimento é uma ressonância do “motor” celular – A mitocôn­dria. A pesquisa atual se concen­tra nos reparos dos chamados “ge­nes de idade”, a fim de reverter os efeitos do envelhecimento. Outra extraordinária descoberta foi a re­lação da incapacidade de síntese da enzima telomerase, responsá­vel pela reconstituição do telômero dos cromossomos. Após 50 a 70 mi­toses (reproduções celulares), os te­lômeros ficam completamente des­truídos, em decorrência as células entram em senescência.

O gene para a enzima telome­rase pode sair do estado “de silen­ciamento” e ser “ativado”, com isso a telomerase produzida pode re­constituir o telômero e a célula vol­ta a se multiplicar e rejuvenescer o organismo. Uma elite de cientistas de vanguarda está completamen­te otimista de que em um breve futuro a ciência terá as condições de evitar envelhecimento do cor­po. Uma provável combinação dos seguintes métodos:

  1. Desenvolver novos órgãos, à medida que eles se desgastam ou adoecem, por meio de engenharia de tecidos e células-tronco.
  2. Ingerir um coquetel de pro­teínas e enzimas destinadas a au­mentar os mecanismos de reparo de células, regular o metabolismo, acertar o relógio biológico e redu­zir a oxidação.
  3. Usar a terapia genética para alterar genes que possam recordar o processo de envelhe­cimento (a técnica Crisp CAS 9 poderá fazer isso)
  4. Manter um estilo de vida sau­dável (exercícios e uma boa dieta).
  5. Usar nanossensores para de­tectar doenças, como câncer, anos antes de se tornarem um problema.

 

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