Vacinas contra H1N1 são apreendidas pela Polícia Civil e Vigilância Sanitária
Diário da Manhã
Publicado em 18 de abril de 2018 às 18:18 | Atualizado há 7 anosA Vigilância Sanitária Municipal de Goiânia e a Polícia Civil determinaram a suspensão de todos os postos de vacinação contra H1N1 mantidos pela clínica PróVita em Goiânia após identificar várias irregularidades, dentre elas, a autorização para aplicar as doses e o armazenamento de forma inadequada das vacinas. De acordo com a Polícia Civil (PC) as vacinas estavam sendo comercializadas em escolas e condomínios residenciais, sendo que cada dose custava R$ 80. Com a suspensão a PC apreendeu mais de 300 doses de vacina.
Segundo o delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), a síndica de um condomínio foi quem procurou a Vigilância Sanitária, após suspeitar de um documento apresentado por uma pessoa da empresa. “A empresa que tem sede em Ribeirão Preto não poderia sequer comercializar vacinas fora de seu estabelecimento, e pela denúncia que recebemos, foi apresentado a essa síndica, aqui em Goiânia, um alvará com validade até o ano de 2019, que, certificamos, nunca foi concedido pela Vigilância Sanitária daquela cidade”, pontuou o delegado.
Após a denúncia, a Vigilância Sanitária de Goiânia apreendeu pelo menos 80 doses que já estavam sendo comercializadas, em um colégio particular no Setor Aeroporto . De acordo com o delegado, mais 200 doses foram recolhidas, pois estavam armazenadas em um freezer usado para guardar cerveja. “Nós ainda não sabemos que prejuízos essa vacina poderia trazer para quem a adquirisse, mas como já certificamos que ela não poderia estar sendo comercializada aqui, e devido a condição indevida em que as doses estavam acondicionadas, vamos indiciar o dono da empresa por crime contra a relação de consumo, e talvez também por uso de documento falso”, relatou Webert.
O recibo de compra dos lotes das vacinas apreendidas foi entregue, de acordo com o delegado, por um representante da empresa, no entanto, o mesmo representante não apresentou o alvará que teria mostrado à síndica do condomínio. Webert disse ainda que o dono da empresa ainda pode ser ouvido nesta semana. Segundo a PC, ele deve responder por crime contra as relações de consumo e por uso de documento falso. Se condenado pelos crimes, pode ficar até 11 anos preso.
(Foto/Divulgação Polícia Civil)
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