Supremo Teatro Federal
Diário da Manhã
Publicado em 30 de março de 2018 às 01:01 | Atualizado há 7 anosEsse elemento jurídico foi criado com a função de proteger determinados cargos da litigância de má fé e de interesses arbitrários de juízes, mas no decorrer dos avanços da Lava-Jato, a população brasileira percebeu que este instituto jurídico serve mesmo é para proteger ricos e poderosos. Muitas vezes os mesmos não são punidos pela lentidão dos Tribunais Superiores.
Podemos pegar como exemplo o caso emblemático do Senador Romero Jucá, o Sr. “Estancar a Sangria”. Após quase 14 anos de tramitação no STF, foi arquivado o inquérito para investigar supostos crimes praticados até 2001. Os crimes prescreveram no ano passado. Tente explicar isso para população.
Mas a verdadeira decepção com o judiciário brasileiro foi semana passada. O Brasil levou o mais duro golpe da sua história. A prisão do Lula tão esperada por muitos brasileiros para confirmarmos que realmente a lei vale para todos foi adiada por meio de uma “bugiganga jurídica”. Logo no inicio por razões injustificadas os ministros passaram o pedido do ex-presidente na frente dos outros 5 mil pedidos de habeas corpus que estão parados na Suprema Corte, inclusive do ex-ministro Antônio Palocci, “o italiano” das planilhas de propinas da Odebrecht. E no final livraram o condenado da prisão que deveria ter acontecido segunda-feira, 26, sem julgar o mérito do Habeas Corpus. Tivemos até como bônus no julgamento ministro saindo no meio do processo por ter uma viagem marcada. Pegou um check-in e esfregou na cara da sociedade brasileira. Acho que depois disso tudo devemos mudar o nome do STF para Supremo Teatro Federal.
(Alano Queiroz, ortopedista)
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