Segurança pública: nova arrancada contra a criminalidade
Diário da Manhã
Publicado em 1 de março de 2018 às 23:11 | Atualizado há 7 anosDe início, é interessante ressaltar que o crime é um ato universal com origens tão antigas quanto a própria existência humana, sendo, portanto, combatido desde os primeiros tempos. Daí, o que constava no C6digo sumério de Ur-Nammu, datado de 2040 antes de Cristo e o Código de Hamurabi que existia cerca de 1.700,também,antes da Era Cristã. E com o passar dos tempos ele foi evoluindo e aperfeiçoando, tendo em vista ser um comportamento humano decorrente de fatores biopsicossociais e de vários outros definidos pela Medicina e demais ciências.
Dois estudiosos da Teoria da Anomia(ausência generalizada de respeito a normas sociais, devido a contradições ou divergências entre estas), Robert Merton e Emile DGrkheim, defendem a idéia de que a ausência de leis específicas e outras normas proibitivas que geram o descontrole da ordem pública, notadamente no que se refere à paz social, sem dúvida, é aí que aparece o crime. E este último doutrinador ainda enfatiza que o crime é um fenômeno normal e previsível no seio da sociedade, cujos desvios são normais se limitados e devidamente controlados pelo poder público. Ademais, ele diz que sociedade sem crime é sociedade pouco desenvolvida e que a delinquência obriga o estabelecimento de um desenvolvimento estatal no sentido de estruturação.
É fato notório que a criminalidade avança assustadoramente, e está causando sérios problemas para os governos e para a população como um todo. É preciso realmente dar um basta no crime organizado e naqueles cometidos pelo sujeito do povo. Medidas urgentes precisam ser tomadas, visando vidas humanas e garantir o exercício dos direitos da pessoa. O respeitável filosofo, político e místico hindu, Gandhi, com muita sabedoria disse que “não existe um caminho para a paz. Esta é o caminho”. E por sua vez, o grande Salústio também disse que “a paz faz crescer as coisas pequenas”.
É igualmente notado que nestas últimas décadas o poder e o dinheiro desencadearam e instituíram tempos difíceis para nosso País, deixando nossos irmãos brasileiros em situação de penúria, pois a corrupção campeou livre e infrene por todos os lados, atuando de cima para baixo. E continua este vergonhoso mal agindo na administração pública, nas empresas privadas e em vários outros campos de atuação da mente humana irresponsável. Agentes públicos inescrupulosos, apátridas e sem o menor pudor dilapidam os cofres públicos e queixa o povo passando as maiores necessidades, principalmente, nas áreas da saúde, da educação, ê a segurança e outros serviços essenciais.
Novo Secretário
Com o objetivo de continuar o trabalho desenvolvido pelos seus antecessores, o experiente, intelectual, compenetrado, respeitável gestor público, possuidor de vasta folha de serviços prestados ao Estado e ao País, Irapuan Costa Junior assumiu, dia 15 deste mês, o comando da Secretaria da Segurança Pública de Goiás. Ex-governador, ex-Senador, ex-Prefeito de Anápolis, ex-Professor da Escola de Engenharia da PUC e da Faculdade de Filosofia da UFG, Irapuan é a grande esperança do governo, do povo goiano e das policiais como um todo. E no seu discurso de posse, como filho de policial que prestou relevantes serviços nos vários postos que ocupou, afirmou que fará tudo para valorizar ainda mais os profissionais da área. E foi enfático: “Falo aos policiais corajosos e honestos, imensa maioria daqueles com quem vamos juntos trabalha de agora pra frente, civis, militares e bombeiros, afiança a vocês que estamos ao lado de todos”.
Prometendo ser duro com os delinquentes, Irapuan mandou um recado curto e grosso para os marginais: “Quem busca o caminho da criminalidade fez a sua escolha. Sendo assim, que sintam então a força da policia”. Foi claro ao dizer que seu intelecto nunca conseguiu aceitar a máxima do chamado “politicamente correto”, eufemismo usados pelos adeptos do totalitarismo maxista, que de que o traficante, o assaltante, o latrocida sejam vítimas de uma sociedade injusta que lhes negou todas as oportunidade, conduzidos por um corredor sem saída que desemboca na senda da criminalidade. Eles se tornaram marginais por opção própria e abusando do livre arbítrio de cada um.
Analisando o poder de fogo dos marginais, notadamente dos traficantes, em muitos lugares superando a força dos policiais, Irapuan esclareceu que vai rever tal situação, pois “curiosamente até a pouco limitou-se o poder dos policiais se armarem devidamente para os confrontos. Isto precisa ser revisto E ao final, realçou: “Persigamos as nossas metas, congreguemos policiais e cidadãos e possamos ao final deste ano, bem como nos anos vindouros, festejar um Goiás mais seguro”
Estado Democrático de Direito
Com origens na Grécia antiga, a democracia foi definida como governo do povo, pelo povo e para o povo. Exercida na sua essência, é realmente um sistema político dotado de princípios e doutrinas justas. Ao contrário, se praticada e maneira irresponsável, sem dúvida, é anarquia. Ela surgiu em decorrência de uma evolução hist6rica que partiu do feudalismo, passou pelo absolutismo, alcançou o liberalismo e o Estado social, culminando na atual forma de governo. Ela que preserva a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humano e outros valores.
É preciso observar que de uns tempos para cá, a população passou a sofrer o rigores da falta de moral, ética, respeito à pessoa (especialmente à vida),paz justiça e tantos outros direitos e valores imprescindíveis ao cidadão, à família e à sociedade como um todo. Passou a vigorar a plena liberdade, a corrupção, o roubo nas suas mais variadas espécies, o desvio de dinheiro público e privado, além de outros comportamentos altamente comprometedores. Que devia dar bons exemplos partiu para ações nefastas, vergonhosas e criminosas.
O Estado Democrático de Direito criado com o objetivo de proteger direitos fundamentais de maneira positiva, decente, honesta e justa, foi desvirtua do na sua prática, levando todos n6s ao caos. Pagamos caro pelos erros de governos impatrióticos, que sob a capa do populismo enganaram o povo com benesses e outras formas de fraudes próprias de falsos líderes compromissados com o bem-estar da população.
Novo Ministério da Segurança Publica
Ideia é tema há muitos anos discutidas na cúpula da SSP/GO, notadamente quando fazíamos parte da administração do órgão, agora estão sendo levadas a sério. O e recebendo o apoio e compreensão da Presidência da República, que recentemente anunciou a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública: Este novo ministério terá a incumbência de coordenar as atividades dos órgãos encarregados da segurança pública no país, sem invadir as competências de cada estado federado.
É, deveras, uma atitude e iniciativa dignas de reconhecimento, vez que o momento requer medidas urgentes no sentido de melhor executar os serviços tão necessários no combate à criminalidade. E com um ministério específico logicamente as soluções serão mais satisfatórias. Espera-se que dê certo.
Posição da
Maçonaria
Calcada na sua divinal Filosofia, Princípios e Postulados, a Maçonaria tem por finalidade, dentre outros fundamentos, combater a ignorância e a imoralidade, ensinando a obediência às Leis do País, a vivência segundo os ditames da hora, a prática da Justiça, o Amor ao próximo e o trabalho incessante pela felicidade do gênero humano. E assim fazendo, ela no decorrer dos tempos liderou movimentos emancipacionistas, defendendo e promovendo as conquistas dos inalienáveis direitos da pessoa, garantindo a este sempre melhor qualidade de vida. Em função disto, as vitórias conseguidas através da Inconfidência Mineira da Abolição da Escravatura, da Independência e da Proclamação da República e de outras ações que enalteceram a Pátria Brasileira.
É inegável que a Maçonaria está altamente preocupada com a crise política brasileira, principalmente, com o desmonte do Estado, quando o serviço público perde sua qualidade, a educação cada vez mais prejudicada, o aumento das desigualdades sociais, o sistema prisional em falência, falta de reaparelhamento dos serviços de saúde pública e destinação de recursos adequados para a melhoria do sistema de segurança nos Estados e nos Municípios.
Mesmo diante deste cenário triste, a Maçonaria acredita que ainda há em nosso país reservas morais capazes de mudar o que deva ser mudado, bastando que os homens de bem, os inteligentes e mesmo os intelectuais e de bons princípios saiam em socorro e busquem salvar nossa querida Pátria.
(Anibal Silva, jornalista, professor aposentado, delegado de polícia Classe Especial, diplomado pela Escola Superior de Guerra, membro da Associação Goiana de Imprensa, da Academia Goiana Maçônica de Letras e da Academia Cezarinense de Letras e Artes)
]]>