Opinião

A guerrilha urbana é real em todo Brasil

Diário da Manhã

Publicado em 1 de março de 2018 às 22:42 | Atualizado há 7 anos

O Rio de Ja­nei­ro é a bo­la da vez, com a in­ter­ven­ção na Se­gu­ran­ça, o Es­ta­do es­tá fa­la­do e ba­da­la­do no mun­do glo­ba­li­za­do. No­ta­da­men­te a in­ter­ven­ção ado­ta­da é acé­fa­la, ca­pen­ga e é doi­da e di­va­na, pa­re­ce mais um car­na­val or­ques­tra­do pe­lo Pla­nal­to, pois, es­te go­ver­no é uma ver­go­nha. A in­ter­ven­ção foi fei­ta com afo­ga­di­lho, sem pla­ne­ja­men­to, sem or­ga­ni­za­ção e sem ver­ba or­ça­men­tá­ria. É tri­vi­al a exis­tên­cia de guer­ri­lhas, elas es­tão dis­se­mi­na­das nas fa­ve­las. Es­ta ação de in­ter­ven­ção não re­sol­ve, é mais um pa­li­a­ti­vo. A exem­plo do que ocor­re na me­di­ci­na, o pa­ci­en­te tem uma in­fec­ção gra­ve, e o mé­di­co apli­ca no do­en­te um anal­gé­si­co, as­sim, agra­va a en­fer­mi­da­de. A in­ter­ven­ção no Rio se as­se­me­lha a es­te exem­plo, pois, o mo­men­to de in­se­gu­ran­ça é mui­to gra­ve, ela es­tá ar­ra­i­ga­da: na po­bre­za, na fo­me, na fal­ta de em­pre­go e ren­da, e na fal­ta de sa­í­da da ren­da do cri­me, pa­ra uma sub­sti­tu­ta, den­tro dos prin­cí­pios da le­ga­li­da­de. A guer­ri­lha es­tá se­di­men­ta­da e con­so­li­da­da nas fa­ve­las. Ela pro­duz ren­da, que sus­ten­tam fa­mí­lias, pois, ro­lam ren­das: de dro­gas e de cri­mes di­ver­sos. Os gas­tos à luz dos cus­tos e be­ne­fí­ci­os são in­vá­li­dos, vi­de, co­mo fo­ram os gas­tos com as im­plan­ta­ções das uni­da­des de po­li­cias pa­ci­fi­ca­do­ras, ou­tros­sim, a so­lu­ção pa­ra com­ba­ter e sa­ne­ar, es­tá tris­te re­a­li­da­de, pas­sa­rá obri­ga­to­ri­a­men­te por ações mul­ti­dis­ci­pli­na­res per­ma­nen­tes, e ela­bo­ra­ção de um pro­je­to a lon­go pra­zo, pa­ra tal, re­quer a im­plan­ta­ção de po­lí­ti­cas pú­bli­cas, com in­fra­es­tru­tu­ra nas áre­as: da edu­ca­ção, do em­pre­go e ren­da, da es­co­la pro­fis­si­o­na­li­zan­te, e da im­plan­ta­ção de co­o­pe­ra­ti­vas nas áre­as de re­ci­cla­gem e be­ne­fi­ci­a­men­to de ma­te­ri­ais re­ci­clá­veis, e de pro­du­ções: de ar­te­sa­na­tos e con­fec­ções, tu­do is­to, pa­ra pro­du­zir ren­das, que irão sub­sti­tu­í­rem as ren­das dos trá­fi­cos de dro­gas, e dos cri­mes or­ga­ni­za­dos, creio, que es­te é o ca­mi­nho, pa­ra eli­mi­nar as guer­ri­lhas em nos­so pa­ís. As guer­ri­lhas é um pro­ble­ma mui­to gra­ve que afe­ta a to­dos nós. Pois, va­mos dar as mãos já, que se­ja­mos, um por to­dos, e to­dos por um, pois, so­mos bra­si­lei­ros, e não bra­sas nos bra­sei­ros, ago­ra é ho­ra de cons­tru­ir­mos um Bra­sil pa­ra nós, e pa­ra aque­les que vi­rão de­pois de nós, as­sim, agra­da­re­mos a Deus, que na voz do po­vo é bra­si­lei­ro. Ade­mais, ele é uni­pre­sen­te na vi­da da gen­te, cré­di­to que es­te Deus ama­do, es­tá acam­pa­do nes­ta pá­tria ama­da. Uai só, que se­ja lou­va­do e ama­do, es­te nos­so chão, de tan­tas be­le­zas mil, cha­ma­do Bra­sil, pa­ís va­ro­nil.

 

(Nu­no Cos­ta Pin­to, po­e­ta, am­bien­ta­lis­ta, ges­tor pú­bli­co, co­men­da­dor e lí­der sin­di­cal e co­mu­ni­tá­rio)

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