Opinião

Vitória da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro

Diário da Manhã

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 23:11 | Atualizado há 7 anos

A opo­si­ção foi der­ro­ta­da na Câ­ma­ra Fe­de­ral, de for­ma aca­cha­pan­te, por 340 vo­tos a fa­vor e 72 con­tra, chan­ce­lan­do a in­ter­ven­ção na se­gu­ran­ça pú­bli­ca do RJ. Ago­ra, o Se­na­do, nes­ta ter­ça-fei­ra (20) de­ve con­fir­mar a in­ter­ven­ção.

PT, PC do B e Psol, são três si­glas par­ti­dá­ri­as me­que­tre­fes, que só que­rem ver o cir­co pe­gar fo­go. Mes­mo di­an­te de uma si­tu­a­ção re­a­lís­ti­ca da in­se­gu­ran­ça pú­bli­ca no Rio de Ja­nei­ro, ain­da as­sim os par­ti­dos  pre­fe­rem  a pi­cu­i­nha e a po­li­ti­ca­gem ras­tei­ra pa­ra con­tra­ri­ar o go­ver­no fe­de­ral, o qual, in­de­pen­den­te de sua ide­o­lo­gia, ape­nas fez cum­prir a Cons­ti­tu­i­ção a uma si­tu­a­ção in­con­tes­tá­vel por que pas­sa o Es­ta­do do Rio de Ja­nei­ro.

Os de­pu­ta­dos  Ales­san­dro Mo­lon, Be­ne­di­ta da Sil­va, Cel­so Pan­se­ra, Chi­co Alen­car,  Gla­u­ber Bra­ga, Jan­di­ra Feg­ha­li, Je­an Wyllys,  Lu­iz Sér­gio e  o su­plen­te Wa­dih  Da­mous de­ve­ri­am ter mais res­pon­sa­bi­li­da­de, prin­ci­pal­men­te com  seu Es­ta­do, em vez de en­gros­sar o co­ro da re­bel­dia ao go­ver­no fe­de­ral. Pois há mo­men­tos na vi­da  que se de­vem es­que­cer as ani­mo­si­da­des po­lí­ti­cas pa­ra de for­ma so­li­dá­ria re­u­nir for­ças e idei­as pa­ra en­fren­tar ques­tões cru­ci­ais, por exem­plo,  co­mo as re­fe­ren­tes à se­gu­ran­ça de  ir e vir de uma po­pu­la­ção.

É evi­den­te que “agen­te não tem de es­tar sem­pre de acor­do com a mai­o­ria”, co­mo se ma­ni­fes­tou Chi­co Alen­car,  mes­mo por­que as pes­so­as  ra­ci­o­nais de­vem sa­ber dis­tin­guir o joio do tri­go.

Mas é ina­cei­tá­vel que, di­an­te da re­al si­tu­a­ção da in­se­gu­ran­ça pú­bli­ca no RJ, su­pli­ca­da so­lu­ção pe­la gran­de mai­o­ria de sua po­pu­la­ção, ve­nham Chi­co Alen­car, Hum­ber­to Cos­ta, Lindbergh Fa­rias e ou­tros in­sen­sa­tos  po­lí­ti­cos  usar o sub­ter­râ­neo da po­li­ti­ca pa­ra ten­tar im­pe­dir que o po­vo ca­ri­o­ca ou flu­mi­nen­se pos­sa res­pi­rar um pin­go de se­gu­ran­ça em seu di­rei­to de ir e vir.

É mais que na­tu­ral  que os po­lí­ti­cos  con­trá­rios à in­ter­ven­ção  se­jam pe­na­li­za­dos elei­to­ral­men­te na dis­pu­ta  pe­lo go­ver­no do Rio, bem co­mo nas de­mais elei­ções em to­do o pa­ís. O Bra­sil não po­de ter cor par­ti­dá­ria. Os po­lí­ti­cos de­vem res­pei­tar as ne­ces­si­da­des dos Es­ta­dos e da po­pu­la­ção.

 

(Jú­lio Cé­sar Car­do­so, ba­cha­rel em Di­rei­to e ser­vi­dor fe­de­ral apo­sen­ta­do Bal­ne­á­rio Cam­bo­riú-SC)

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