Treze goianos votaram a favor da intervenção federal no Rio de Janeiro
Diário da Manhã
Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 02:01 | Atualizado há 7 anosNo Congresso Nacional, treze parlamentares goianos votaram a favor e um contra a intervenção federal no Rio de Janeiro, cuja aprovação na Câmara ocorreu na madrugada de terça-feira e no Senado, na noite do mesmo dia. Além disso, seis estiveram ausentes. O decreto da Intervenção já havia sido publicado no Diário Oficial da União na sexta passada, mas precisava do aval do Congresso. Ao todo, foram 340 votos favoráveis e 72 contrários na Câmara, e 55 votos favoráveis e 13 contrários no Senado.
Votaram a favor os deputados federais Célio Antônio da Silveira (PSDB), Fábio Sousa (PSDB), Flávia Morais (PDT), Giuseppe Vecci (PSDB), Heuler Cruvinel (PSD), Lucas Vergílio (SD), Magda Mofatto (PR), Marcos Abrão (PPS), Pedro Chaves (PMDB), Roberto Balestra (PP) e Thiago Peixoto (PSD). Também votaram sim os senadores Ronaldo Caiado (DEM) e Lúcia Vânia (PSB).
Se ausentaram das sessões extraordinárias os deputados Daniel Vilela (MDB), João Campos (PRB), Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Jr. (PP) e o senador Wilder Morais (PP). Segundo a assessoria de imprensa de Daniel Vilela, o deputado e pré-candidato ao governo de Goiás não compareceu devido a sua agenda em Goiânia. Na segunda-feira, o emedebista participou de um evento em Aparecida de Goiânia, que se estendeu até a noite, com a presença dos ministros Alexandre Baldy (Cidades) e Helder Barbalho (Integração Nacional). O senador Wilder Morais (PP) também participou do evento.
O único parlamentar contra a intervenção foi o deputado Delegado Waldir (PR). O parlamentar declarou ao Diário da Manhã que é favorável à intervenção desde que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), seja afastado. Isso porque, segundo ele, a segurança pública é papel constitucional dos Estados. Outro motivo para sua oposição é a suposta intenção do governo federal de não assumir o desgaste pelo fracasso da reforma da Previdência.
“Na verdade, essa palhaçada hoje aqui na Câmara Federal é proposta pelo governo Temer para tentar esconder a derrota na reforma da Previdência. Eu não vou cair nessa armadilha. Meu voto é não. O Exército não vai ficar trinta anos no Rio. Os problemas de lá não se resolvem da noite para o dia. É educação, saúde, segurança, é revitalização das favelas, é muita coisa que tem que ser feita”, discursou Waldir em vídeo publicado na sua página oficial do Facebook.
Além disso, Waldir questiona o fato de a intervenção federal ter sido decretada no Rio e não em Goiás, que é mais violento. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2017, que traz dados de 2016, o Rio de Janeiro ficou em 10º lugar na lista de Estados com maiores taxas de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes. Enquanto isso, Goiás ficou em 8º lugar no levantamento, como mostrou o Diário da Manhã na edição de terça-feira (20).
A senadora Lúcia Vânia, que votou a favor da intervenção, afirmou ao DM via assessoria de imprensa que esta é uma ação emergencial necessária para o momento: “A situação a que chegou o Rio de Janeiro na área da segurança pública é peculiar e demanda medidas drásticas”. No entanto, a parlamentar esclareceu que a medida só terá resultados se houver uma integração com políticas públicas na área social e na economia.
Já o senador e pré-candidato a governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que defendeu a intervenção, afirmou que tem pedido a atuação das Forças Armadas também em Goiás. “Uma das regiões mais violentas do País e onde venho pedindo também a presença das Forças Armadas. Se hoje ainda há esperança de segurança no Brasil, é porque temos as Forças Armadas para atuar em defesa do cidadão”, declarou o democrata em seu site oficial.
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