Aos doentes em busca de cura
Diário da Manhã
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 22:59 | Atualizado há 7 anosÉ natural que todo doente queira se curar. É exato que muitos recuperam a saúde, tratados pelos médicos da Terra ou levantados por forças invisíveis. É também correto que o poder do próprio pensamento constitui remédio eficiente, tanto assim que o Médico dos Médicos afirmou a muitos enfermos de repente recuperados:
– Tua fé te curou.
Esta revelação vem também corroborar com outra do Cristo, motivadora até hoje de dúvidas em mentes vacilantes:
– Vós sois deuses.
Cada homem possui, dentro de si mesmo, uma faísca do sol do Senhor dos Mundos, de quem é filho e por quem foi criado para a felicidade definitiva, a ser conquistada com o próprio esforço. Pouquíssimos têm certeza disso e menos ainda sabem utilizá-la. Sem conhecer as leis da vida, a grande maioria não entende o que seja saúde e doença. Por exemplo, não pode aceitar que, muitas vezes, a saúde da alma depende da doença do corpo. Nascemos trazendo enfermidades causadas por erros cometidos no passado, devendo as transferir para a carne, que funciona como mata-borrão. Ao morrer, abandonamos o corpo usado e imprestável como uma roupa esfarrapada, esbanjando vigor espiritual. A vantagem é enorme, porque o corpo é passageiro e a alma é eterna.
Temos observado muitos homens e mulheres que entram numa casa de Deus pedindo a graça da saúde perdida. Logo aos primeiros sinais de melhora, apressam-se em voltar às mesmas falhas morais que lhes causaram as deficiências orgânicas. Para eles, o corpo é tudo e a alma é nada. Se pudéssemos, faríamos com que escutassem alguns conceitos práticos que colhemos em ensinamentos daqueles que estão muito à nossa frente na ascensão para as alturas.
Dir-lhes-íamos, por exemplo, que a doença amansa espíritos rebeldes, é conselheira carinhosa e esclarecida. Quantos desses males, pomposamente batizados pela medicina acadêmica, não passam de estados vibratórios de mentes em desequilíbrio! Constitui a doença um fantasma temível no campo humano, que se a carne fosse tocada de terrível maldição, quando na realidade as enfermidades essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, são raridade. A doença resultante de desequilíbrio moral sobrevive à morte, no períspirito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, persistindo além do túmulo. Quase todas as moléstias são concebidas com ideias venenosas e, contra elas, somente ideias sãs e renovadas têm o efeito de antídoto. A ciência humana avança nessa grande verdade, que as universidades já estudam através da medicina chamada psicossomática.
Viveu neste Planeta um grande médium curador chamado Inácio Bitencourt. Ao morrer, ele deparou com uma multidão de doentes a espera-lo, cobrando-lhe a cura espiritual. Em vida, e os livrara dos males físicos, mas não lhes ensinara que, só sendo bom, recupera o homem e a saúde da alma. Inácio Bitencourt passou então a ser preparado par renascer na Terra como professor e, assim, completar sua missão, ensinando o Evangelho.
(Jávier Godinho, jornalista)
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