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Imaginário político

Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2018 às 22:21 | Atualizado há 2 semanas

A Editora Revan lança A Imagina­ção Política Bra­sileira – cinco ensaios de história intelectual. O livro reúne o conjun­to de cinco ensaios es­critos por Wanderley Guilherme dos Santos sobre o pensamento po­lítico brasileiro, resultan­tes da primeira pesquisa efetuada de forma siste­mática e exaustiva sobre o assunto, e que se tor­naram o grande marco dos estudos no âmbito das ciências sociais. A afirmação de que havia uma elite intelectual bra­sileira cujo pensamento deveria ser estudado para compreender os dilemas contemporâneos do Brasil cons­tituiu sempre uma tese e um ho­rizonte da pesquisa para o autor.

De que modo a realidade social aparece estruturada na percepção dos analistas sociais do passado? Particularmente, como veem o des­dobrar da disputa política? É uni­forme, homogênea e idêntica essa percepção ou existem rupturas, des­continuidades e diferenças? Como romper o dilema entre ordem libe­ral oligárquica e autoritarismo pro­gressista em que a história política do Brasil parece aprisionada? Como distinguir entre liberalismo político e liberalismo econômico, de modo a garantir o papel do Estado demo­crático na redução do passivo so­cial do país? É sobre tais questões que se debruça a obra, que ofere­ce o conjunto de uma interpreta­ção clássica sobre o Pensamento Político Brasileiro.

“A pesquisa começou por solici­tação de Álvaro Vieira Pinto, seu an­tigo professor na Faculda­de Nacional de Filosofia, a UFRJ. Vieira Pinto preten­dia suprir a carência de re­gistros bibliográficos que pudessem ser utilizados como fonte de consulta adequada, capaz de alar­gar o conjunto reconhecido de obras representati­vas da filosofia brasileira”, conta Christian Lynch, or­ganizador da obra.

CONVERSÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS

Na companhia de Carlos Estevam Martins, Wan­derley Guilherme dedi­cou-se à leitura de obras dos séculos dezoito e deze­nove na seção de livros ra­ros da Biblioteca Nacional e na biblioteca do Serviço Social do Comércio (SESC).

À medida que progressivamen­te se desinteressava pela temática mais metafísica desta literatura, Wanderley descobria, como que casualmente, obras de vários au­tores listados como filósofos e de outros não incluídos nesta categoria, que versavam sobre a socieda­de e a política do Brasil no século dezenove. Wanderley começou en­tão seu processo de “conversão” às ciências sociais.

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