Em gravação, fiscal do Inmetro negocia suposta propina com dono de posto de combustível
Diário da Manhã
Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 11:22 | Atualizado há 7 anosUma gravação feita pela Polícia Federal (PF) revela uma suposta negociação de propina envolvendo um dono de posto de combustível e um fiscal do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Goiás.
O fiscal está entre os quatro presos durante a operação que apura fraudes na fiscalização de postos no estado.
Na gravação o servidor Domingos Povoa Neto fala com um dono de posto sobre um auto de infração. “Só reprovei, mas não autuei não. E deixei o documento para mim imprimir aqui, mas não imprimi como uma autuação não (sic)”, explicou Domingos. O empresário responde; “Vê o que você pode fazer para nós ‘ajeita’ a ‘parada’ aí”.
Em outro trecho o servidor fala ao dono de posto sobre a data para o recebimento da suposta propina. “Eu arrumo aqui, deixo tudo arrumado, mas depois de amanhã eu marco horário e a gente acerta”, completou.
De acordo com as investigações, os fiscais lucravam de R$ 1 mil a R$ 4 mil por dono de posto. Três fiscais do Inmetro foram presos, Amarildo Gondin Moura foi preso na residência dele, no parque Amazônia, Ademir Botelho da Silva estava no Rio de Janeiro quando foi preso. O servidor que aparece no áudio é o terceiro preso.
A Polícia Federal ainda cumpriu mandados de busca de documentos na sede do Inmetro em Goiânia. O Instituto afirmou em nota ao Diário da Manhã que está colaborando com a ação da Polícia Federal dando elementos necessários para que ela conclua a investigação. “O Inmetro não compactua com nenhuma irregularidade cometida pelos seus servidores. Portanto, trata-se de um fato pontual e isolado”, explica a nota.
(Foto reprodução)
]]>