Um planeta desértico
Diário da Manhã
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 23:16 | Atualizado há 7 anosCaso medidas urgentes, com força para serem realmente executadas e cumpridas, no que concerne à redução drástica da emissão de gases de efeito estufa, não entrem imediatamente em prioridade máxima nas pautas da governança mundial, as alterações climáticas em favor do aquecimento global serão aceleradas e ao final do século XXI a maior parte da superfície terrestre deverá ser um deserto, é o que afirmam os cientistas da Universidade chinesa de Lanzhou.
Especialmente nos países em desenvolvimento haverá uma grande expansão das regiões áridas, pois além das mudanças climáticas, verifica-se um expressivo crescimento da população humana e uma relevante ampliação das cidades.Os países emergentes não devem reduzir a emissão de gases, pois não vão abrir mão de seus objetivos econômicos que ampliam o débito ambiental.
Um outro estudo publicado por cientistas do Instituto Massachusetts (MIT), faz um alerta para as condições extremas de temperatura e umidade que deverão atingir a zona do Golfo Pérsico ainda nesse século. Se as emissões de gases continuarem crescendo, muito dificilmente teremos seres humanos habitando essas regiões em um futuro próximo. O arrefecimento do corpo humano através da transpiração só ocorre em temperaturas inferiores a 36°C. Simulações de modelos climáticos com dados precisos preveem que após 2070 haverá ondas de calor extremo nessa região.
Dentre os chamados gases de efeito estufa, os principais vilões do aquecimento global são o Gás Carbônico (CO2), que representa 70% das emissões, o metano e o óxido nitroso.
Na verdade, a Terra já passou por períodos de aquecimento e resfriamento com as consequentes alterações climáticas em alguns “momentos” do seu tempo geológico, portanto, não seria nenhuma novidade isso acontecer novamente, entretanto, os cientistas se preocupam com o fato de o aquecimento atual estar ocorrendo muito rapidamente. Muitos deles acreditam que isso é essencialmente causado pela elevação dos patamares de emissões decorrentes da civilização humana.
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