O templo de Salomão
Diário da Manhã
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 22:21 | Atualizado há 7 anosVisitei Israel há três meses. De Telavive, capital do país, a Jerusalém é bem perto. De carro, não se gasta mais de 40 minutos para chegar nesta cidade sagrada para Judeus, Mulçumanos e Cristãos. Jerusalém, na verdade, são duas cidades em uma só. Circundando a cidade antiga está outra, moderna, onde tradição e modernidade coabitam em um mesmo espaço.
Ao caminhar pelas estreitas ruas e pelos becos da cidade antiga, com mais de 3.000 anos de história, adentrei em uma vasta praça composta por um enorme muro e um templo destruído. Era o muro das lamentações, de todos os locais, o mais sagrado para o povo judeu. O templo é o de Salomão. Falemos um pouco dele.
Construído por Salomão, rei de Israel e Judá, a obra levou sete anos para ser concluída. Empregou cerca de 183.300 trabalhadores.30 mil judeus e 70 mil não judeus residentes em Israel( Estes trabalharam como carregadores). Ajudaram, ainda, nessa construção, 80 mil pessoas, como cortadores; e 3.300, encarregados de obra.
O templo foi destruído pelo menos duas vezes. A primeira, por Nabucodonosor II, rei da Babilônia. Séculos mais tarde, o Rei Herodes, querendo agradar os Judeus, reconstruiu o templo, que voltou a ser destruído pelos romanos, no ano 70 depois de Cristo. Atualmente, o que resta erguido lá é o muro das lamentações.
Semana passada, estive em São Paulo. Fui ao bairro do Brás visitar a versão brasileira do templo de Salomão construída pela Igreja Universal do Reino de Deus. Fiquei impressionado com o que vi. É, de fato, uma construção suntuosa. Tudo faz lembrar o que presenciei em Israel: das enormes colunas aos símbolos judaicos. A versão brasileira se faz mais real, ainda, que a israelense, pois lá existe um templo destruído; aqui, construído, novinho em folha. Na parte de fora da edificação, tudo está muito bem-cuidado. Os jardins repletos de oliveiras importadas de Israel para serem plantadas nos jardins que circundam o templo fazem lembrar os tempos em que Cristo veio ao mundo. “o custo mensal para manter o templo funcionando é de quatro milhões de Reais”, assim me informou o pastor que nos acompanhava na visita.
Na parte interna do templo, especificamente no local do culto, há enorme auditório com capacidade para 10 mil pessoas sentadas em confortáveis cadeiras. Assim, quem se vê impossibilitado ir a Israel conhecer lugares sagrados como o Templo de Salomão, visitar a réplica em São Paulo satisfaz – e muito.
(Salatiel Soares Correia, engenheiro, bacharel em Administração de Empresas, mestre em Planejamento Energético. É autor, entre outras obras, de Cheiro de Biblioteca)
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