Cotidiano

Hortaliças e frutas estão mais caras

Diário da Manhã

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 01:57 | Atualizado há 7 anos

As hortaliças e as frutas sen­tiram o efeito das festas de fim de ano, com variações de preços tanto de alta como de bai­xa nos principais mercados ataca­distas pesquisados pela Compa­nhia Nacional de Abastecimento (Conab), e divulgado no 1º Bole­tim Hortigranjeiro ontem (25). Em ligeira pesquisa na Ceasa-Goiânia, o Diário da Manhã constatou, ontem, que este mês os preços continua­ram ligeiramente em alta.

O estudo analisa também o movimento dos preços das hor­taliças durante todo o ano de 2017, concluindo que os preços estive­ram mais baixos no geral, com poucos episódios de elevação de preços. Outro quesito apresenta­do pelos técnicos da Companhia foi o volume de exportação de fru­tas no Brasil que cresceu 7,8% em relação a 2016. As frutas mais ex­portadas foram mamão, laranja, maçã e melancia.

Hortaliças muito consumidas, como tomate, batata e alface, com exceção de cebola e cenoura, pesa­ram mais na mesa do consumidor, com índices que subiram cerca de 93%, caso do tomate na Ceasa/PE. Já a batata, que teve grande procu­ra pelo consumidor no período fes­tivo de dezembro e sofreu influên­cia de chuvas localizadas em regiões produtoras, teve uma elevação de 20,5% no Rio de Janeiro/RJ, mas queda nos mercados de São Paulo/ SP (8,7%) e de Curitiba/PR (6,36%). Em Goiânia, na pesquisa feita pelo repórter do DM, a batata era encon­trada na Ceasa a R$2,20.

Para a batata, a maior intensida­de da safra das águas em dezem­bro não foi ainda refletida nos pre­ços, ao contrário, estes aumentaram, muito provavelmente em função do maior consumo no final do ano. Além disso, chuvas localizadas em regiões produtoras prejudicaram ou até paralisaram a colheita, com retração da oferta e picos de preços pontuais. Assim, queda de preço so­mente assistiu-se em dois mercados, no de São Paulo/SP (8,70%) e no de Curitiba/PR (6,36%). Nos demais, os aumentos de preços foram de 20,59% no Rio de Janeiro/RJ, 17,77% em Vitória/ES, 7,35% em Brasília/ DF, 7,14% em Recife/PE, 5,66% em Goiânia, 5,01% em Belo Horizon­te/MG e, por fim, 4,18% em Forta­leza/CE. Em Goiânia, na pesquisa feita pelo repórter do DM, a batata era encontrada na Ceasa a R$2,20.

A alface subiu em quatro capitais analisadas (Espírito Santo, Rio de Ja­neiro, Distrito Federal e Ceará), che­gando a mais de 100% em Vitória/ ES. Por outro lado, esteve estabiliza­da em Belo Horizonte e diminuiu até 25% em Curitiba e em menor percentual ainda em São Paulo, Re­cife e Curitiba. Para a alface, mesmo com as maiores ofertas desta folho­sa em dezembro, verificou-se au­mento de preço em cinco mercados atacadistas: Vitória/ES (119,51%), Rio de Janeiro/RJ (48,80%), Brasília/ DF (31,58%), Goiânia/GO (8,82%) e Fortaleza/CE (5,49%).

Nesta época do ano, com as altas temperaturas, ocorre um aumento natural do consumo de hortaliças folhosas e a variação dos preços fica na dependência da oferta que, por sua vez, também é condicionada às chuvas características deste perío­do. Assim, como a produção de fo­lhosa ocorre próxima aos centros de consumo, a variação da oferta é es­pecífica de cada centro e está condi­cionada às chuvas em cada região produtora. Isso explica as oscila­ções de preços ocorridas para a al­face no mês analisado.

A cebola, em dezembro, apresen­tou aumento de preços somente em Belo Horizonte/MG e em Goiânia/ GO, 2,83% e 4,38%, pela ordem. Es­tabilidade ocorreu no Rio de Janei­ro (0,23%), enquanto nos demais a redução foi entre 2,78% em Vitória/ ES e 11,52% em Brasília/DF. Nos ou­tros entrepostos, os percentuais ne­gativos foram de 4,36% na Ceagesp/ ETSP, 5,94% na Ceasa/PR, 7,90% na Ceasa/CE e 8,26% na Ceasa/PE.

A cenoura apresentou aumento na cotação somente em Vitória/ES, e de pequena magnitude (3,12%). Nos demais mercados, os preços va­riaram negativamente entre 2,20% em Curitiba/PR e 22,22% em Bra­sília/DF. Em Fortaleza/CE a queda foi de 4,43%, em Goiânia/GO foi de 8,10%, em Recife/PE foi de 8,16% e, nos três maiores mercados do país, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG e Rio de Janeiro/RJ as quedas fo­ram maiores, de 18,95%, 17,64% e 17,92%, respectivamente.

O tomate, em dezembro, desta­cou-se dentre as hortaliças não só por sua importância dentro da com­posição do IPCA, mas também pe­los percentuais de aumento de pre­ço. A cotação deste fruto chegou a aumentar 93,22%, percentual regis­trado na pesquisa de preço da Cea­sa/PE – unidade Recife. Na casa dos 20% de aumento estiveram as va­riações de preço nos mercados de São Paulo/SP (26,38%), Goiânia/ GO (24,50%) e Brasília/DF (21,94%). Um pouco menor, ao redor dos 10%, registrou-se o aumento de preço das Ceasas abastecedoras de For­taleza/CE (13,52%) e de Curitiba/ PR (9,72%). Menores percentuais de aumento foram verificados nos entrepostos do Rio de Janeiro/RJ (6,40%) e de Vitória/ES (3,98%). Por fim, na CeasaMinas – Grande BH, houve diminuição da cotação, ape­sar de pequena (1,68%). O aumento de preço na maioria dos mercados traduz a menor disponibilidade do tomate em dezembro.

Quanto às frutas, não houve altas significativas em dezembro. O ma­mão foi único que teve redução mé­dia de preços na maioria dos mer­cados, principalmente da variante papaya. A maçã que teve consolida­das pequenas altas de preços, apre­sentou maior estabilidade em gran­de parte dos mercados tanto para venda no atacado quanto no varejo.

A banana teve crescimento mo­derado, ao contrário dos meses an­teriores, caso da Ceasa/Minas que teve maior aumento da cotação (36,6%). Já a laranja sofreu peque­nas variações nos mercados anali­sados, mesmo com maior oferta da laranja pêra temporã no varejo e na indústria. Na Ceasa/DF a elevação de preços foi de 19,4% e queda de comercialização de mais de 43%.

O levantamento é feito men­salmente pelo Programa Brasilei­ro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Co­nab, a partir de informações for­necidas espontaneamente pelos grandes mercados atacadistas do país. Para a análise do comporta­mento dos preços de dezembro, foram considerados os entrepos­tos dos estados de São Paulo, Mi­nas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Ceará, Pernambu­co, Goiás e Distrito Federal.

 

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