O veranico e a saúde do goianiense
Diário da Manhã
Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 01:13 | Atualizado há 2 semanasA estação seca durante o verão em Goiás, conhecido como “veranico”, que costumeiramente interrompe as agradáveis temperaturas e clima úmido, marretou os goianos a partir da última semana. Como é de praxe em Goiânia, as marcantes transições climáticas provocam não só o infortúnio desconforto, como também comprometem a saúde. As doenças respiratórias são as mais comuns, sobretudo a gripe e o resfriado, como as mais ordinárias.
“Foi há mais ou menos três dias que meu corpo começou a ficar estranho, cansado, meio dolorido, e no mesmo dia eu tive febre, durante à noite. Fui a um pronto-socorro no dia seguinte quando vi que a febre não ia cortar e quando comecei sentir dor de cabeça e no corpo”, explica Dona Amelina dos Santos, de 62 anos. De acordo com a professora aposentada, o médico a diagnosticou com gripe e recomendou repouso.
“A mudança climática abrupta altera todo o nosso organismo, e por vezes derruba as barreiras de defesa do organismo. Lógico que isso varia de indivíduo para indivíduo, mas é notável que em Goiânia, que tem um clima naturalmente seco e muito quente, o quanto nosso corpo fica sensível às doenças respiratórias”, explica o médico pneumologista Valter Gurtovenco.
O especialista explica que por conta da baixa umidade do ar, nossas vias respiratórias ficam mais irritadas e mais sensíveis aos corpos estranhos presentes no ar. “É natural que qualquer um, principalmente em Goiânia, dentro desses fatores climáticos, e associado a uma provável queda da imunidade do organismo, apresente sintomas de doenças respiratórios”.
Açucena de Jesus Oliveira, afirma que começou a sentir sintomas semelhantes ao da gripe no início da semana passada, mas foi diagnosticada com resfriado pelo médico quando foi a posto de saúde próximo à sua casa. “Eu tomei alguns remédios para conter os sintomas, mas foi passageiro e hoje estou melhor. O problema são minhas filhas, que estão gripadas, e os sintomas estão muito fortes”, conta a dona de casa de 37 anos.
As gêmeas Maria Isabel e Maria Cristina, de 5 anos, chegaram a ser internadas no último final de semana, para serem hidratadas por conta da forte diarreia que sofreram. “Elas já estão melhor, mas continuam bem fraquinhas”, relata dona Açucena.
O Dr. Valter Gurtovenco explica que nesses casos, a recomendação é a mesma da do período de seca prolongada, geralmente ocorrida entre agosto até meados de outubro. “É o de sempre: umidificador de ar ou toalha molhada no quarto, se hidratar bastante, evitar o sol nos horários em que ele está mais forte, ingerir muita fruta rica em vitamina C e ter uma alimentação de qualidade para manter a taxa de células do Sistema Imune em alta”, conclui o especialista.
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