Não basta ter mulher na política. É preciso ter política, na mulher
Diário da Manhã
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 23:29 | Atualizado há 7 anosNo últimos anos, as campanhas político partidárias têm ressaltado o papel da Mulher na política. Os partido têm, por legalidade, que cumprir uma cota de 30% de representação feminina. Entretanto, o cumprimento dessa cota não significa a valorização da mulher, tampouco a efetividade das candidaturas. Muitas mulheres já ocupam as vagas sabendo que não terão apoio ou recurso para a campanha, que ficarão ali apenas para que o partido cumpra a cota.
Por outro lado, temos visto na imprensa, mulheres que estão na política e cometem desatinos, omissões e equívocos tão terríveis que me sinto envergonhada, como uma mulher na política.
É muito difícil ser mulher na política. Os espaços de poder, comumente compostos por homens, são carregados de comportamentos verticais, machistas e rijos. Não foram poucas, as vezes que me senti como se fosse “um enfeite”, em meio às diversas atividades, discussões e decisões dos partidos políticos em que tenho estado.
O jogo de poder, no qual muitas mulheres se anulam para garantir seus espaços, é impressionante. É emburrecedor. Forma lacaios. E lacaias.
Não fico bem, nele.
Nos últimos meses, após problemas políticos, tenho pensado em quantas vezes me dei mal por causa desse jogo perverso, destruidor. É patológico. Muita inveja, muita soberba, vaidade, avareza, falsidade. Pouco bem comum, nada de inovação nos discursos, nas políticas públicas.
No “exílio” em que me encontro, viajo em pensamentos e revejo fatos políticos em que estive com grandes mulheres, de luta, inteligentes. Foco Goiás e vejo inúmeras personalidades que se destacaram, desde Dna. Gercina Teixeira, que foi a esposa de Pedro Ludovico, o fundador de nossa capital.
Conheci a palavra sororidade. Isso mexeu comigo. A falta de sororidade também. Custo a querer me lembrar que andei acreditando em algumas mulheres com as quais convivi, nos últimos anos. Quantos ardis. Adoeci. Resignar, jamais.
Tive a oportunidade de conhecer recentemente, Andressa Mendonça. Espero sinceramente, que caso ela venha a ser candidata, seja eleita, como eu também, caso venha a ser candidata.
No pouco que conversamos, vi em Andressa Mendonça, a mulher autêntica, que ela é.
Andressa é empresária, assistente social, decoradora, advogada, mãe, amiga, esposa, filha, política, mulher! Admirável.
Estou aprendendo a ter filtros políticos. Não quero mais acreditar no que dizem, porque dizem o que parece conveniente. A vivência tem me revelado hipocrisias e maldades que jamais eu encararei como normais. Contra fatos, não há argumentos. É muita enganação, enrolação, “puxada de tapete”. E entre mulheres, a coisa é mais agressiva e hipócrita. Falta até, bom senso.
Andressa Mendonça passou em meu filtro. Mulher antenada, firme, embora sensível, amorosa. Autêntica. Determinada, uma guerreira. Constatei que é querida pelas pessoas mais simples, nos meios por onde passa, aonde vive. É muito inteligente. E amada!!
Registro aqui, meus votos de sucesso, para Andressa Mendonça. Espero que ela irradie beleza, na política. Determinação, inovação, autenticidade. Sendo filha de político, carrega a política nas veias, mas tem ideias próprias. É Mulher de luta, extremamente solidária, não é uma dondoca, embora elegante; belíssima.
Não é fácil ser uma mulher bem sucedida e ainda, ser tão amorosa e tão amada pelo seu companheiro. É uma diva. Outras bem sucedidas e com interesses em comum rodeiam, paparicam. Mas ser querida por pessoas simples é honra que Andressa Mendonça carrega, leve leve. Compartilha suas belezas, suas riquezas, suas alegrias, suas tristezas e aprendizados. É amistosa, agregadora, respeitosa.
Espero ansiosa, para ver esta Mulher no parlamento. Com certeza, teremos uma legislatura dinâmica, atuante e linda. Transformadora.
Fico querendo conhecer melhor seus pensamentos, anseios, ideias, medos, limites. Quero que Andressa Mendonça empunhe a bandeira da luta das mulheres em nosso Estado, pelo fim da violência contra mulheres. Acredito que ela tenha experiência de vida o suficiente para ter ideia do quanto esta luta precisa de mulheres de verdade.
Quero conhecer e conviver mais, com mulheres que amam, que sonham, que partilham, que idealizam, que conquistam, que choram, que lutam, que cuidam dos filhos, do marido, da casa, que trabalham, mas acima de tudo, que cuidam de si. Que têm vontades e atitudes próprias, auto-estima. Que querem um mundo melhor, para sua descendência. Que não abrem mão do amor. E que não têm medo do poder
Desejo que toda dor, que todo conflito pessoal, que todos os tropeços que tenham tirado o equilíbrio de Andressa Mendonça sejam o insumo que ela precisa para fazer a diferença, na política. Nós, mulheres, temos sofrido muito, com o descaso, com a injúria, com a opressão de homens e mulheres desumanos, sem noção sobre o que é ser humano que se diz pessoa cristã.
É muita gente na política, que julga sem ser juiz, que quer curar sem poder e sem razão, que está na política sem entender que política “é a arte do bem comum”. Que não é capaz de respeitar e se solidarizar com quem está ao lado, em sofrimento. Que não faz questão de estudar e de saber sobre o que fala, o que faz. Que é intolerante, que desagrega, finge e até, usa o nome de Deus e a religião, para se promover na política. Gente que despreza, nega e ofende até seus pares, conforme a conveniência. Eu não sou assim; nunca fui, e não compactuo com isso.
Quero lutar pelo Estado laico. Por homens e mulheres felizes, que se complementem, se superem. Por pessoas verdadeiras, sem hipocrisias. Com homens e mulheres que se expõem pelo que acreditam, que se comprometam com o que dizem e com o que fazem. Que se assumem como são. E que permitem que as outras pessoas sejam, também, até como exercício de aprendizado.
A vida exige a verdade. E é com ela que sempre me comprometi. É com ela, que vou. Feliz. Não há outra maneira!!
Parabéns, Andressa Mendonça. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que pode vir a ser, com esse potencial que você tem. Defina suas bandeiras e me conte – as. Acredito que com o que você se comprometer, você defenderá com garra e simpatia. Conto com você. Conte comigo. Sucesso!!
(Flávia Calil, bacharel em Direito e servidora pública)
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