MP aponta falhas em contratos de empresas
Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 00:42 | Atualizado há 7 anosO Ministério Público do Estado de Goiás está investigando suspeitas de irregularidades em um contrato entre a Metrobus, que é de economia mista, e a companhia privada Viação Reunidas. Segundo o órgão, as duas empresas estão em processo para formar um consórcio, no entanto, questiona a medida, que mudaria a contratação de motoristas de ônibus e a liderança da gestão ficaria com a parte privada do grupo.
Segundo o MP-GO, a formação desse consórcio é legal. No entanto, algumas medidas do documento precisam ser revistas, como explicou a promotora Fabiana Zamalloa.
“Na minuta inicial que foi apresentada muitas irregularidades estava voltadas para esse aspecto de cláusulas que colocavam a Metrobus em uma situação de vulnerabilidade apesar de ser ela a empresa que detém o maior faturamento nesse consórcio, que tem a maior parcela de patrimônio e de recursos no consórcio”, esclareceu.
Um dos pontos destacados pelo MP é que o contrato determina que a Metrobus participe com 61,5% da receita no consórcio, mas não seria a principal administradora do grupo. Além disso, segundo o documento, os motoristas dos ônibus do transporte coletivo não seriam mais contratados por meio de concursos públicos, mas sim por carteira assinada. Com isso, os servidores concursados deveriam ser cedidos para outros órgãos.
A promotora destacou que o contrato tira da Metrobus a administração da receita, dos funcionários e também a afasta “do exercício direto das atividades inerentes ao seu objeto social”. Por entender que essas irregularidades no contrato prejudicam a companhia, que é parcialmente pública, Zamalloa deu prazo até segunda-feira (15) para que seja apresentado um novo documento com as alterações nas cláusulas em que foram identificados problemas.
A Metrobus informou que está em contato com o MP-GO para discutir as questões relacionadas ao consórcio
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