Incêndio destrói instalações de panificadora na Capital

Localizada no Setor Nova Suíça, em Goiânia, a Pani­ficadora Maná teve, ontem, por volta das 13h, um incêndio de grandes proporções que destruiu parte das instalações do estabele­cimento e assustou moradores da região, que acusaram a corporação do Corpo de Bombeiros de negli­genciar o atendimento da ocorrên­cia, o que resultou em maiores pre­juízos para o proprietário do local.

Com base em depoimentos de donos de estabelecimentos co­merciais e residenciais, o incên­dio teria surgido com um pequeno foco, a partir de um curto-circuito ocorrido no depósito da panifica­dora. Mas a suposta demora por parte da corporação em atender a ocorrência permitiu que o incên­dio tomasse grandes proporções.

“Por volta de 13h da tarde come­çou uma chama pequena na par­te superior do estabelecimento, a qual foi se alastrando e após meia hora houve um estouro, foi quan­do ligaram novamente para o Cor­po de Bombeiros, que teriam dito que não poderiam mandar refor­ços para o local porque o capitão da operação não tinha solicitado”, des­creve Nanda, proprietária de restau­rante ao lado da panificadora.

O dono do prédio, indignado, afirmou que houve negligência por parte da corporação, que teria dei­xado o estabelecimento queimar quase que por completo para en­tão tentar conter a situação. “É uma falácia, deixaram o prédio queimar quase todo, a gente tem que pagar impostos sobre impostos e na hora que precisa os bombeiros chega­ram e travaram tudo, na hora que a gente precisa ninguém faz nada”, acusa Paulo Barreto.

“Eles negligenciaram demais, desde o começo tinham que ter en­viado mais reforço, porque o fogo aumentou rapidamente”, acrescen­ta Nanda, proprietária de restauran­te que fica ao lado da panificadora.

Após chegar ao local, a equi­pe do Corpo de Bombeiros traba­lhou para combater o incêndio que tomou conta de toda parte supe­rior da panificadora. Na ocasião, os bombeiros também retiraram, às pressas, moradores de uma casa que fica ao lado do comércio em chamas. A equipe tomou todos os cuidados para evitar que o fogo chegasse à residência e os mora­dores aguardavam apreensivos do lado de fora o isolamento da área.

O Corpo de Bombeiros também tiveram que realizar o rápido isola­mento da área para impedir que o fogo se propagasse para uma clí­nica veterinária, localizada ao lado do estabelecimento. Em meio ao tumulto, agentes da SMT perma­neceram nas proximidades con­trolando o trânsito, que acabou tu­multuado por causa do incêndio.

DEPÓSITO

Com base em informações da­das pelos empregados do estabe­lecimento, de fato o foco do incên­dio teria começado no depósito de embalagens da padaria, o qual foi atingido por um curto-circuito. O comandante da operação, Patrik, em pronunciamento à imprensa, informou que não houve negli­gência e a ocorrência foi atendi­da em tempo hábil.

“Nós chegamos com o tempo resposta rápido e começamos o combate. O combate ao incêndio se dá primeiramente em concen­trar o local do foco para impedir que vá para outros locais e depois extinguir ele. Foi feito isso, a gente ainda não sabe o que originou esse incêndio, o qual será investigado posteriormente. Devido à propor­ção do incêndio pedimos reforço”.

O comandante observou que o combate a incêndio não se faz só com água, pois se lançar água em excesso a estrutura do estabe­lecimento também pode desabar. Ressaltou que o combate foi feito dentro das técnicas para comba­te a incêndio e o tempo respos­ta foi satisfatório. Seis viaturas do Corpo de Bombeiros foram acio­nadas para atender a ocorrência, e apesar do fogo atingir o depósito do comércio e se alastrar rapida­mente, não houve feridos.