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Neve, aurora boreal e um manuscrito medieval islandês se mesclam em narrativa

Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 00:27 | Atualizado há 2 semanas

“Monstros existem e fantasmas também. Vivem dentro de nós e, às vezes, eles vencem.” (Stephen King)

Zia Stuhaug, escritora bra­sileira reconhecida por li­vros infantis publicados no Brasil e na Noruega, lançou o romance policial Anjo Russo. Na instigante obra, Liudmila, uma russa com cidadania dinamar­quesa, é acusada e presa por um atentado. Enquanto isso, a alguns bons quilômetros dali, Mattias Larsen, homem frio e calculista, capaz de sentir afeto somente por um lobo domesticado que ado­tou, ri e comemora a notícia imi­nente da morte de Elisa, esposa de seu patrão, Eirik Leiv.

Em busca de uma preciosi­dade denominada O Tesouro de Iduna, Mattias percorre um caminho obscuro, passando pela Escandinávia. Ali ele rou­ba o “Códice de Uppsala”, ma­nuscrito medieval islandês que inclui a versão mais antiga do Edda em Prosa, doado em 1669 à Biblioteca da Universidade de Uppsala pelo chanceler Magnus Gabriel de La Gardie ‒ o suposto favorecido do tesouro.

Com a combinação dos códi­gos em alguma parte desse Có­dice e de inscrições na Caixa de Freixo, o qual teria pertencido à Rainha Cristina da Suécia (que teria elaborado o mapa do tesou­ro e ofertado tal presente a seu protegido da corte, Magnus Ga­briel, no Século XVII), Mattias tem a certeza de que encontraria o tesouro. Para tal, revela-se dis­posto a eliminar todos que ou­sassem atravessar seu caminho e atrapalhar seu plano para pôr as mãos naquela fortuna incal­culável ‒ inclusive Elisa.

A intenção de Mattias nun­ca fora repartir seu tesouro com ninguém e muito menos com ela. A grande ambição que sedi­mentava o seu coração, como flo­cos de neve que caíam do lado de fora do barco, o cegava, e ele esta­va disposto a tirar quem quer que fosse do seu caminho, para pôr as mãos naquele tesouro, custasse o que custasse. (p. 106)

Além de apresentar os costu­mes, curiosidades e tradições do país escandinavo, Zia cria em Anjo Russo uma incrível ambientação de suspense para prender os leito­res em mínimos pormenores de uma investigação. Ao expor um enredo sobre descoberta, perten­cimento, coragem e amor, a escri­tora também incentiva o interesse por diferentes culturas, além dos horizontes de territórios. Uma voz brasileira que vai além das terras de onde nasceu, e encanta pessoas dos mais diversos países.

SOBRE A AUTORA: Zia Stuhaug é compositora, poetisa e escritora infanto juvenil bilín­gue português/norueguês, com quatro livros infantis publica­dos no Brasil e Noruega. Nasceu em Engenheiro Beltrão (Paraná) e, atualmente, vive com a famí­lia na Noruega. Graduou-se em Administração pela Universida­de Estadual de Maringá, com es­pecialização em Gestão de Pes­soas pela Universidade Federal do Paraná. Teve várias partici­pações em antologias poéticas publicadas na Suíça, França e Itália. É proponente do Proje­to de incentivo à leitura, Esco­la com Histórias, membro da A Alals – Académie de Lettres et Arts Luso – Suisse, com sede em Genebra, na Suíça, e correspon­dente internacional da Unijore (União dos Jornalistas e Escrito­res de Maringá). Anjo Russo é seu romance de estreia.

 

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