Cotidiano

Prévia da inflação é a menor desde 1998

Diário da Manhã

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 01:27 | Atualizado há 7 anos

 

A prévia de novembro da infla­ção oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), desacele­rou ligeiramente ao fechar em 0,32%, resultado 0,02 ponto per­centual inferior ao de outubro. Em novembro de 2016, o IPCA- 15 havia sido de 0,26%.

Os dados relativos ao IPCA-15 foram divulgados ontem (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA- 15 acumula alta de 2,58%, inferior aos 6,38% do mesmo período de 2016 e o menor acumulado para um mês de novembro desde o ín­dice de 1,52% registrado em 1998.

O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,77%, acima dos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Ape­sar da ligeira desaceleração nos preços em novembro, a inflação continua sendo pressionada pela alta da tarifa de energia elétrica, que fez com que o grupo habita­ção, com alta de 1,33%, fosse o que exerceu o maior impacto indivi­dual no índice do mês.

Com variação de 4,42% e 0,16 ponto percentual de impacto na taxa mensal, as contas de luz res­ponderam por metade do IPCA- 15 de novembro. “O novo valor do patamar 2 da bandeira vermelha entrou em vigor no dia 1º de no­vembro e passou a adicionar R$ 5 para cada 100 KWh consumi­dos. Com isso, o item ficou entre o 1,12% registrado na região metro­politana de Fortaleza e os 21,21% de Goiânia”, constatou o IBGE.

Os números indicam que tam­bém o preço do gás de botijão, que subiu 3,3% em razão dos aumen­tos decorrentes da nova política de preços da Petrobras continuou a exercer pressão sobre o grupo habitação e teve impacto de 0,04 ponto percentual no IPCA-15 do penúltimo mês do ano. Em 5 de novembro, a Petrobras reajustou o preço dos botijões de 13 quilos nas refinarias em 4,5%, em média.

No grupo transportes, houve aumento de 0,27%, também in­fluenciado pela alta autorizada pela Petrobras para a gasolina, que variou nesta prévia de novem­bro 1,53% e exerceu impacto de 0,06 ponto percentual no resulta­do final do IPCA-15. O preço do etanol também exerceu pressão sobre a prévia de novembro. Ao subir 2,78%, exerceu impacto so­bre a taxa de 0,03 ponto percentual.

Nos demais grupos de produ­tos e serviços pesquisados, desta­cam-se os artigos de residência, com deflação de 0,35%, em ra­zão da queda de 1,19% nos preços dos eletrodomésticos. O grupo alimentação e bebidas apresen­tou queda de 0,25%.

REGIÕES METROPOLITANAS

Entre as nove regiões metro­politanas e os dois municípios abrangidos no levantamento do IPCA-15, apenas duas fecharam com resultado acima da média nacional de 0,32%: São Paulo, com alta de 0,44%; e o município de Goiânia, que ao registrar taxa de 1,62% ficou com a maior prévia da inflação de novembro.

As outras sete regiões fecha­ram a prévia com taxas abaixo da média nacional, com desta­que para Fortaleza e Salvador, ambas com deflação: -0,05% e -0,03%, respectivamente.

Prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 tem a mesma me­todologia do IPCA ( a taxa ofi­cial), mas com periodicidade e abrangência regional diferentes. Vai da primeira metade do mês anterior ao da divulgação da taxa aos primeiros 15 dias do mês de referência e abrange nove regiões metropolitanas e dois municí­pios, enquanto o IPCA envolve um total de 13 regiões.

 

]]>


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias