Politica

Pesquisa Ibope: brasileiros rejeitam impeachment e redução do Estado

Diário da Manhã

Publicado em 19 de novembro de 2017 às 03:59 | Atualizado há 1 semana

Uma das perguntas, no mais recente levantamento rea­lizado pelo Ibope, é sobre a posição do entrevistado sobre o impeachment: você foi a favor ou contra? 50% responderam que fo­ram a favor, outros 50% disseram que foram contra, que não sabem ou não responderam. Ou seja, o im­peachment jamais foi um desejo he­gemônico da sociedade brasileira.

Questionados pelos entrevis­tadores se o impeachment signi­ficou melhora ou piora em rela­ção ao governo Dilma, apenas 6% responderam que foi uma “me­lhora”, contra 52% que afirmaram que foi uma “piora”. No Nordes­te, por exemplo, 58% responde­ram que foram contra o impea­chment, apenas 35% a favor. No geral, 42% dos entrevistados afir­maram categoricamente que sem­pre foram contra o impeachment.

Entre a população mais pobre, que ganha até um salário mínimo, a maioria também respondeu que foi contra o impeachment. A pes­quisa mostra que os brasileiros não estão mais sendo enganados tão fa­cilmente pelo noticiário da mídia, em especial da Rede Globo. A pe­quisa revela que 64% dos entrevis­tados discordaram “totalmente” da frase “o pior da crise econômi­ca já passou”. A maioria esmagado­ra também considera que inflação, juros e desemprego aumentaram.

ESTADO

A maioria dos brasileiros acha que o governo deve intervir na eco­nomia para debelar a crise, reduzir a distância entre ricos e pobres e ajudar a reduzir a pobreza. A maio­ria da população também rejeita o neoliberalismo, com suas teses de Estado Mínimo. Para 41% dos en­trevistados, o Estado deve ter pre­sença na economia, contra 13% que discordam; 33% concordam e 23% discordam que o governo deve pro­teger empresas brasileiras de con­corrência desleal feita por empresas estrangeiras. Em relação à afirma­ção: “Gostaria que o(a) sr(a) dissesse o quanto concorda ou discorda de cada umadestas frases: Para conter a crise econômica é necessário ha­ver mais interferência do estado na economia”, 41% concordam total­mente e 13% discordam totalmente.

Para 59%, “em um país como o Brasil, é obrigação do governo di­minuir as diferenças entre os mui­to ricos e os muito pobres”. Outros 47% concordam e 21% discordam que “programas como o Bolsa Fa­mília são bons para o país, pois ajudam a diminuir a desigualda­de. Em relação à frase: “Eu prefiro pagar menos impostos, não con­tar com serviços públicos(saúde, educação, infraestrutura) e po­der escolher por serviços priva­dos”, 39% discordam totalmen­te e 25% concordam totalmente.

SOCIEDADE

O Ibope também avaliou ques­tões que ainda causam polêmicas na sociedade. Um dos questiona­mentos é: “Casais homossexuais devem ter os mesmos direitos do que casais heterossexuais? 39% concordam totalmente e 31% dis­cordam totalmente. Sobre a frase “a maconha deveria ser legaliza­da, pois diminuiria o crime”, 57% foram contra e 20% a favor. A per­cepção de 74% dos brasileiros é de que o desemprego aumentou, para 78% os juros estão mais altos e 59% consideram que os políticos atuais não os representam.

METODOLOGIA

De acordo com o Ibope, o pre­sente estudo tem por objetivo ge­ral identificar a percepção da so­ciedade sobre as agendas política e pública atuais e a visão de futu­ro para o país. A pesquisa foi rea­lizada entre 19 a 24 de agosto de 2017, com a população de 16 anos ou mais da área em estudo.

O universo de habitantes é estra­tificado. Com exceção dos Estados do Acre, Amapá e Roraima, que jun­tos constituem apenas um estrato, cada um dos demais estratos é com­posto por apenas um Estado bra­sileiro. Se o Estado possuir Região Metropolitana, o universo será es­tratificado em Região Metropolita­na e Interior. (Com informações do Ibope e site O Cafezinho)

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