Manipulação política
Diário da Manhã
Publicado em 28 de junho de 2017 às 01:00 | Atualizado há 8 anosHá mais de século, Victor Hugo (1802-1885), o célebre político francês e notável construtor da obra-prima os miseráveis, expôs ao mundo:”as palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade para modificar o mundo”. Percebe-se através desta frase universal de quilate extremamente impactante, a síntese do imensurável poder de transformação do ensino de qualidade e suas benéficas consequências no seio de qualquer sociedade. Ou seja, quanto mais cidadãs e cidadãos bem informados e capacitados, mais a coletividade humana se torna libertada das trevas da ignorância e das amarras de determinados governantes abomináveis e inescrupulosos. Evidenciando o tema em questão e reportando-se ao Brasil da atualidade, chega-se a conclusão que o ensino público oferecido, por específicos detentores dos poderes públicos constituídos, à vasta gama da sociedade é propositalmente de qualidade ineficiente, pois, quanto mais pessoas desinformadas, despreparadas, sem elevado poder de reflexão e discernimento, maior é o controle e manipulação política da massa social do território nacional. Esta lastimável situação se confirma cotidianamente, pois dia após dia, vê-se através dos meios de comunicação, imagens de diversas instituições de ensino em estado de extrema precariedade e inúmeras deflagrações de justas greves por professores e profissionais da relevante e imprescindível área em questão. Reivindicações estas, com objetivo de amenizar os gravíssimos problemas que afligem a educação pública por todos entes federativos. Portanto, é mais que necessário que os governantes e demais operadores dos poderes públicos reflitam, estabeleçam e venham efetivamente lançar em prática medidas eficientes e eficazes para alterar radicalmente este arraigado e retrógrado quadro educacional que afeta de maneira negativa o desenvolvimento humano, intelectual, tecnológico e, principalmente, democrático do país. Para desta forma, direcionar acertadamente o povo brasileiro rumo ao tão cobiçado e seleto grupo de nações consideradas de primeiríssimo mundo.
(Prof. Valério Gomes, sociólogo pela UFG e pós-graduado em Ciência Política e Gestão Pública)
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