Opinião

Alimentos processados e o mal causado à saúde

Diário da Manhã

Publicado em 27 de junho de 2017 às 05:14 | Atualizado há 8 anos

Um dos grandes adventos para atividade econômica atualmente é a indústria alimentícia. O alimento processado é mais prático. E essa praticidade sai caro para o consumidor. Devido à adição de muitos aditivos químicos, gordura trans, vegetal ou hidrogenada, acidulantes, corantes, aromatizantes, estabilizantes, ácido cítrico, aspartame.  Conservantes se fazem necessários para manter o produto com boa aparência, textura, cor, sabor, aceitáveis pelo consumidor e, conseqüentemente, o aumento da durabilidade do produto na prateleira.

Os alimentos processados são extremamente baixos em nutrientes essenciais em comparação com alimentos integrais, não transformados. Em alguns casos, vitaminas sintéticas e minerais são adicionadas aos alimentos para compensar o que foi perdido durante o processamento.

No entanto, os nutrientes sintéticos não são um bom substituto para os nutrientes encontrados em alimentos integrais.

Alimentos altamente processados geralmente contêm:

– Conservantes: Produtos químicos que impedem a podridão dos alimentos.

– Corantes: Produtos químicos que são usados para dar ao alimento uma cor específica.

– Sabor: Produtos químicos que dão ao alimento um sabor particular.

– Texturantes: Produtos químicos que dão uma textura particular ao alimento.

Os alimentos processados são elevados em gorduras insalubres. Eles geralmente contêm gorduras maléficas, sementes refinadas e óleos vegetais (como o óleo de soja) que são muitas vezes hidrogenados. O seu consumo aumenta um risco significativo de doença cardíaca, que é a causa mais comum de morte nos países ocidentais.

Outro item adicionado em grande escala é o açúcar refinado. Muitos estudos mostram que o açúcar pode ter efeitos devastadores sobre o metabolismo que vão muito além do seu conteúdo calórico. Podendo levar à resistência à insulina, triglicérides elevados, aumento dos níveis de colesterol nocivo e aumento do acúmulo de gordura no fígado e na região abdominal. O consumo de açúcar também está relacionado a doenças cardíacas, diabetes, obesidade, dentre outras.

Crianças menores de dois anos de idade são o público mais atingido, pois o intestino ainda não está pronto para absorver ou não esse tipo de alimento. Esse grupo tem maior tendência em desenvolver obesidade e fatores de risco associados, desta forma não devem ter contato com nenhum produto industrializado.

Depois dessa idade, é orientado que os pais expliquem às crianças que os embutidos e produtos industrializados não devem fazer parte da alimentação diária e que o certo seria consumi-los somente esporadicamente, como em alguns finais de semana ou numa ocasião especial, como uma festa de aniversário.

Evitar alimentos processados é uma das melhores mudanças alimentares que você pode fazer pela sua saúde e da sua família. Não se esqueça de ler rótulos. Muitos destes ingredientes nocivos estão à espreita em “alimentos inocentes” como pães ou margarinas. Lembre-se, o ganho de peso pode ser apenas o primeiro sintoma de um problema de saúde maior que os alimentos processados e ingredientes inferiores trazem.

Em substituição a esses alimentos, devemos dar preferência para alimentos naturais: frutas, verduras, tubérculos, carnes magras, ovos, leguminosas, castanhas, farinhas integrais/ farelos ricos em fibra, leite (animal ou vegetal) e derivados naturais sem conservantes.

Para que esses alimentos sejam inseridos de forma segura e prática, um bom planejamento alimentar te ajudará com quantidades e horários, de acordo com o objetivo de cada um.

Planeja seu dia!  Carregue seus lanchinhos, para que você não necessite do industrializados. Faça da sua rotina a sua prática saudável.

Pense nas mudanças diárias, pequenas coisas começa a fazer diferença.

 

(Bruna Machado é nutricionista da Unimed Goiânia.)

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