Juquinha é preso pela Polícia Federal
Welliton Carlos da Silva
Publicado em 2 de junho de 2017 às 17:00 | Atualizado há 8 anosApós a prisão do filho, chegou a vez de Francisco das Neves, o Juquinha, suspeito de lavagem de dinheiro em obras da ferrovia Norte-sul, ser levado para a carceragem.
Juquinha foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 2, após o cumprimento de pedido realizado pelo Ministério Público Federal.
A Operação De Volta aos Trilhos tem foco no goiano, considerado um dos principiais articuladores de desvio de recursos públicos da obra que garantia a construção da ferrovia Norte-sul, prometida há mais de 30 anos pelo Governo Federal e que ainda hoje não saiu efetivamente do papel.
Juquinha, segundo o MPF, continuou a praticar crimes mesmo após tornar-se objeto de investigação.
Ele teria continuado a lavar dinheiro da propina. O MPF diz que até sua defesa é paga com recursos de propina.
No ano passado, o engenheiro goiano foi conduzido coercitivamente até à Polícia Federal em um desdobramento da operação Lava jato.
Conforme a operação “O recebedor”, deflagrada em 2016, existiriam fortes indícios de que o político goiano recebeu R$ 800 mil de propina da Camargo Corrêa durante sua gestão como presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A – empresa pública sob a forma de sociedade por ações que está vinculada ao Ministério dos Transportes.
Juquinha já foi preso em 2013 – mais familiares, como a esposa e filho – durante a Operação Trem Pagador. Conforme informações repassadas pela Polícia Federal, Juquinha tinha um patrimônio de pouco mais de R$ 530 mil em 1998, mas logo depois que assumiu a Valec a soma dele e dos familiares chegaria a R$ 90 milhões.
CELG
Antes de se envolver com a Valec e Norte-sul, Juquinha foi o presidente mais longevo da Celg, durante gestão de 1984-98. Na época, a empresa era sólida. Ele geriu a estatal quando ela repassou o comando de Cachoeira Dourada para a iniciativa privada.
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