Uso da tecnologia muda o processo de recrutamento e seleção
Diário da Manhã
Publicado em 24 de maio de 2017 às 02:41 | Atualizado há 8 anosQuando se fala sobre o impacto da tecnologia no setor de recrutamento, a primeira imagem que vem à cabeça são redes sociais – o LinkedIn entre outras plataformas – que facilitaram o acesso aos mais variados currículos. Todo recrutador sabe que, se anunciar uma vaga hoje, irá receber uma quantidade enorme de currículos e não terá tempo suficiente para analisar todos, vai descartar muita coisa e ainda não terá a certeza de ter buscado os melhores candidatos.
Um novo perfil de empresa surge com o foco em recrutamento e seleção, trazendo o uso da tecnologia nos processos com uso do algoritmo-plataformas. Várias startups buscam alternativas por meio de softwares visando uma contratação automática, mais eficiente do que o processo tradicional e de baixo custo. A questão é saber como melhorar e ter uma assertividade maior na escolha do candidato ideal.
O software avalia e garimpa dados dos candidatos de uma ampla variedade de informações, buscam suas habilidades, conhecimentos e comportamentos com os requisitos do emprego, sem os vieses humanos. Com isto, agiliza o processo de seleção com a indicação de candidatos que melhor se enquadram nos requisitos estabelecidos pela empresa para aquele cargo.
Os sites de recrutamento on line estão investindo em novas tecnologias para melhorar a busca de novas vagas e encontrar os profissionais mais adequados e, ao mesmo tempo, oferecer ao cliente cinco ótimos candidatos, agilizando e facilitando o processo de seleção. No Brasil começam a surgir várias empresas que desenvolveram esta inteligência artificial para oferecer aos seus clientes com um custo muito pequeno em relação às contratações tradicionais.
É uma tendência que chega para ficar. A tecnologia trará a automatização, agilidade na escolha dos candidatos de acordo com o perfil traçado e os dados podem ajudar a corrigir pontos falhos na organização. Porém, o calor humano neste processo ainda é necessário. Por mais que seja sofisticada a definição dos perfis de cada cargo, o algoritmo não trará a química necessária para a escolha do candidato e esta expertise humana ainda é necessária nas organizações – a empatia na escolha tem um peso primordial durante o processo.
Esta nova proposta é uma quebra de paradigma na área de Recrutamento e Seleção. Falávamos que o currículo ideal deveria ser sucinto, agora a ideia é que, quanto mais informações o candidato oferecer, maior é sua chance do algoritmo o identificar e indica-lo para a vaga.
(Fernando Bezerra, consultor em RH e sócio da ARMS Consultoria)
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