Politica

Vereador quer medida judicial para cancelar lançamento do livro de serial killer

Diário da Manhã

Publicado em 24 de maio de 2017 às 00:17 | Atualizado há 8 anos

Na próxima quinta-feira (25/05), o vereador Eduardo Prado (PV) entrará com uma medida judicial a fim de cancelar o lançamento do livro de autoria do serial killer Tiago Rocha, preso em 2014 condenado a mais de 30 homicídios.

O lançamento do livro será no próximo mês de junho com o título “Tiago Rocha: Um pouco da história por trás de um serial killer”. Escrito dentro da cadeira, Tiago Rocha fala sobre os crimes cometidos e sobre sua conversão espiritual.

Hoje, terça-feira (23/05), o vereador Prado disse na tribuna da Câmara Municipal de Goiânia que lançou nas mídias sociais uma campanha para boicotar o livro. “Trata-se de uma agressão inominável a dezenas de vítimas mulheres, especialmente crianças, que esse indivíduo cometeu. Não podemos aceitar isso”, afirma.

O vereador afirma que sua campanha recebeu mais de 15 mil mensagens de pessoas que apoiam a iniciativa. “A sociedade não pode permitir esse tipo de violência. Um livro para expor o sofrimento de dezenas de famílias que sofreram com esses crimes bárbaros. Ele não pode sair como herói desses fatos, que tiveram repercussão mundial”, argumenta.

Para lançar o livro, Tiago Rocha teve ajuda do padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, que inclusive já foi indicado como servidor fantasma na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Em nota em sua página no Facebook, o padre lamenta a repercussão negativa do lançamento do livro e afirma que as considerações feitas a respeito não tem fundamento.

O padre esclarece que vai ao complexo penitenciário para reeducar as pessoas e não para concordar com os delitos praticados por elas. O líder religioso garante que Tiago Rocha é o único relator do conteúdo do livro e seu objetivo é mostrar arrependimento e processo de conversão.

Ainda em nota, o padre fala sobre o perdão como uma atitude cristã e citou que familiares de algumas das vítimas de Tiago Rocha já expressaram perdão. “O Deus que consola os familiares das vítimas, é o mesmo Deus que perdoa e não desiste da salvação de todos nós pecadores”, conclui.

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