Temer tem a confiança dos empresários
Diário da Manhã
Publicado em 14 de junho de 2017 às 02:57 | Atualizado há 1 semanaAs lideranças empresariais brasileiras, entre elas as goianas, defendem a permanência do governo Michel Temer. Entendem que a poucos meses das eleições gerais, seria danoso para a economia a mudança. Há aspectos altamente positivos no processo econômico atual. Os reflexos negativos atingiriam, sobretudo, o gritante lado social. O legado deixado pelos governos anteriores, com ênfase para o de Dilma Rousseff, foi de 14 milhões de desempregados, economia em frangalhos, escândalos de corrupção sem precedentes na história brasileira, entre outros.
Michel Temer ocupou o Palácio do Planalto, em Brasília, e surpreende em alguns aspectos. A autoconfiança começou a ser restabelecida, a inflação foi detida da ameaça de corrosão e estabilizada em 4%, as vendas no varejo tiveram alta de 1%, e os investidores nacionais e internacionais reacendem a confiança no País. E assim os empregos vão retomando o seu lugar. As reformas do trabalho e da previdência, encaminhadas pelo executivo, já são discutidas no Congresso Nacional, o que agrada diferentes segmentos, entre os quais se destacam o meio empresarial, por dar maior elasticidade nas relações entre empregadores e empregados.
Em recente fórum nacional da indústria de alimentos em Goiânia, o presidente Temer, sobretudo a sua equipe econômica liderada pelo goiano Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, mereceu aplausos gerais da platéia, composta por mais de duzentos empresários de Goiás e de outras unidades federativas.
Em encontro na Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, o senador goiano Wilder Morais, da bancada do Partido Progressista, disse considerar “esta, a melhor equipe econômica de todos os tempos do Brasil”. E conclamou o empresariado brasileiro a cerrar fileiras pela manutenção de Temer no poder. E enumerou as razões, já apontadas acima pelo Diário da Manhã. Os aplausos ecoaram de forma demorada, demonstrando que não adianta remover um presidente que “está dando certo” por outros eventuais sucessores, citados na operação lava-jato.
Dia histórico
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, dias atrás exultou, ao comentar no facebook: “Hoje é um dia histórico. Depois de dois anos, o Brasil saiu da pior recessão do século. Neste período, milhões de brasileiros perderam seus empregos, milhares de empresas quebraram e o Estado caminhou para a insolvência. O Brasil perdeu a confiança dos investidores e a confiança em si mesmo.
O forte crescimento da economia neste início de ano é uma comprovação de que este processo já mudou. Ainda há um caminho a ser percorrido para alcançarmos a plena recuperação econômica, mas estamos na direção correta.”
Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro da Agricultura, manifestou favorável ao governo Temer e aplaudiu as reformas previdenciária e do trabalho encaminhadas ao Congresso Nacional, em Brasília. Disse ainda ao Diário da Manhã em sua passagem por Goiânia durante o 5º Fórum da Indústria da Alimentação que com a atual gestão os juros já caíram de 15% para 10%, “mais compatíveis com os investimentos”, a inflação já rompia os 10% e hoje estão num patamar de 4%, o PIB já reage e o Brasil tende a consolidar sua posição como principal produtor de alimentos do mundo.
André Rocha, presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar e de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg) e do Lide Goiás, bate na mesma linha de Turra e enaltece o programa Produzir, do governador Marconi Perillo, como incentivador da implantação da agroindústria no Estado. No cenário brasileiro, Rocha entende que “Temer está fazendo o que é possível para sanar a economia e as finanças”.
Ellen Lopes, presidente e diretora executiva da IRSFD – Food Design Consultants, deixa transparecer que o atual governo procura dar segurança em termos jurídicos ao País. E tem certeza que a “recuperação econômica trará o emprego de volta”. Luis Madi, diretor geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), está convencido de que “com as reformas básicas pleiteadas pelo presidente Temer, o Brasil crescerá”.
Queda do populismo
Pedro Alves de Oliveira, presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), é bastante claro. Segundo o dirigente classista, o afastamento da Dilma significou a retirada, também, do “populismo”, danoso, em sua visão, ao Brasil. “Iríamos marchar gradual e rapidamente para tornamos uma Venezuela, onde falta comida, trabalho, democracia, liberdade, enfim tudo”, devido à insegurança jurídica no País. Em sua opinião, a ingovernabilidade no Brasil estava a caminho. Hoje, o quadro mudou. As reformas estão em andamento, a mentalidade governamental é outra.
Paulo Afonso Ferreira, da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), trilha na mesma direção de seu colega de Fieg. “Não se pode aventurar neste momento em que o governo corresponde no quadro econômico”, observa. Em sua opinião, o fato de remover “o populismo do poder” significa “muito para a sociedade brasileira”. Apesar das flutuações na área política, o presidente atual sabe dialogar com a sociedade e demonstra transparência.
Sandro Scodro Mabel, do grupo Mabel, e até dias atrás figura de proa do Palácio do Planalto, demonstra confiança nos destinos brasileiros. Para ele, os “problemas políticos serão contidos com o trabalho persistente do presidente Michel Temer”. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia, Osvaldo Antônio Pagnussat Zilli- Transzilli, enaltece também o governo atual, por ver nas reformas do trabalho e da previdência “uma contribuição a mais, justamente num País que viu há 30 anos uma reforma”.
Equipe econômica e resultados positivos chamam atenção
O senador Wilder Morais não apenas elogia a equipe econômica, liderada por Henrique Meirelles, pelos resultados positivos em poucos meses, mas faz pergunta que qualquer cidadão brasileiro que imagina sem afetação emocional. Um processo de impedimento do presidente da República leva quantos meses? As eleições transcorrerão no próximo ano. O governo corresponde no econômico. E o social é consequência.
Para que mudar? Quanto custa todo esse processo político, jurídico? Como raciocina Adilon de Souza, político vivido e hoje presidindo a Fundater: “Ruim com o Temer, pior sem ele”. Em sua opinião, o Fora Temer ou Fica Temer, são produtos da democracia e cada pessoa exerce o seu direito, previsto na Constituição. Mas, está convicto de que “o Brasil precisa das reformas fiscal, política, previdenciária e do trabalho”.
O presidente da Sociedade Goiana de Agricultura e Pecuária (SGPA), Tasso José Jaime, define como a “melhor opção para o momento a continuidade do governo Temer”. Observa que a economia está se sobrepondo à crise política. Para que correr risco? Interroga, opinando que uma mudança agora poderia desestabilizar a economia. Em sua visão, a melhor opção para manter a estabilidade atual é manter o presidente Temer.
]]>