Wilder Morais: Definição de nomes só no ano da eleição

O senador e presidente estadual do PP, Wilder Morais, afirmou que, apesar de o governador Marconi Perillo ter antecipado sua preferência por José Eliton e pelo seu nome, a base aliada não vai antecipar, este ano, a definição dos candidatos a governador, vice e para as duas vagas ao Senado. “As eleições só ocorrerão em 2018 As definições vão acontecer no ano da eleições, até porque precisamos da base toda unida. As coisas vão se acomodando com tempo.”
O senador do PP, em entrevista à rádio 730/AM, concedida ao repórter Rubens Salomão, agradeceu a manifestação de voto do governador Marconi Perillo (PSDB). “Não poderia deixar de agradecer a palavra do governador de que gostaria de votar em mim para senador no pleito do ano que vem, mas tenho a devida cautela. Fico contente em nosso líder maior dizer que teria a preferência pelo meu nome.”
Wilder Morais disse que tem “trabalhado muito” para ser candidato à reeleição ao Senado. “O povo goiano, no sem tempo, na sua hora, vai sinalizar para que eu possa estar na chapa majoritária da base marconista.”
O fato de Marconi Perillo manifestar voto a favor de José Eliton para governador e a ele para senador, segundo Wilder Morais, não provoca “tensão ou crise” na base aliada. “Não há insatisfação na base aliada em relação a isso. O que houve foi uma manifestação de preferência pessoal do governador. Todos nós temos a nossa posição pessoal e isso não quer dizer que seja da base aliada.”
O senador goiano frisou que, “na hora certa”, os partidos que integram a base aliada vão promover conversações sobre alianças e lançamentos de candidatos aos cargos de governador, vice e dois senadores.”
Wilder Morais disse que atua pela “harmonia, concórdia e entendimento” na base aliada. “Nos eventos do PP, eu convido todas as lideranças dos diversos partidos, parlamentares, prefeitos, vereadores, sem exceção de nenhum deles. Todos são convidados para os encontros, inclusive a oposição. Eu não tenho problema com ninguém.”
Mais uma vez, o pepista ressaltou que atua para ser escolhido um dos dois candidato da base marconista para concorrer ao Senado nas eleições de 2018. “A corrida nem cortou a fita ainda. Estou trabalhando para ser candidato e todos também têm esse mesmo direito. Lá na frente, vamos ver quem está melhor, quem tem condições de ser candidato.”
Questionado sobre quais seriam os critérios para a escolha dos dois candidatos ao Senado, pela base aliada, Wilder de Morais disse que podem ser “pesquisa, colegiado, quem conseguir agrupar maior número de partidos, de lideranças, de prefeitos, entre outros”.

Críticas de Balestra

Sobre as críticas do deputado federal Roberto Balestra, de que não tem “legitimidade” para presidir o PP no Estado e que o partido precisa “renovar” a sua direção visando as eleições de 2018, Wilder Morais foi taxativo: “É uma inverdade”. E acrescentou: “Balestra é meu colega, meu amigo. Tenho o maior carinho por ele, mas isso é uma inverdade, porque se a gente pensar apenas em deixar espaço para os mais velhos, os novos não poderiam entrar na política. Respeito a colocação dele, mas não concordo.”
O presidente do PP goiano ressaltou que quem tem mais mandato não quer dizer que tem direito de ser candidato ou não. “Se não, não precisaria dos novos entrarem na política. Como é o caso do vice-governador José Eliton, que tem a mesma trajetória minha, pois iniciamos na política em 2010.”
Outro exemplo de “renovação” no PP, Wilder citou o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira: “Nogueira é mais novo que eu. É um dos mais jovens presidentes de partidos no país.” E acrescentou: “A bancada federal do PP é a mais jovem do país, isso quer dizer renovação. O Brasil precisa de gente e de ideias novas, com força e muito trabalho para resolver os seus graves problemas, principalmente os econômicos e sociais”.