Politica

Wilder Morais desafia Balestra a provar o que diz

Redação

Publicado em 22 de março de 2017 às 17:38 | Atualizado há 8 anos

O senador Wilder Morais (PP), apontado pela base aliada como pré-candidato à reeleição em 2018, disse que o deputado federal Roberto Balestra (PP) fala inverdades sobre a sua gestão à frente do partido.

Em entrevista ao “Jornal Opção”, Wilder afirma que não ocorreu nenhuma negociata para que ele se transformasse em presidente do PP. Ele trouxe à tona ainda informações sobre a gestão de Balestra. O deputado teria  realizado gestão temerária que deu prejuízos ao PP, já que as contas da legenda foram rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Balestra foi presidente do PP antes de José Eliton (atualmente no PSDB) e Wilder Morais.

Wilder teria convidado Roberto Balestra para o encontro do PP, realizado na ultima sexta-feira, 17, mas o deputado preferiu se ausentar do evento mais importante da sigla.

Durante o encontro, a legenda expôs um banner de dois metros de Roberto Balestra na entrada da tenda onde cerca de 2 mil pessoas ouviram discursos de vários integrates do PP e elegeram as lideranças do PP Mulher e Jovem.

ACUSAÇÕES

Balestra teria acusado Wilder em entrevista ao “Jornal Opção”, publicada na edição online desta quarta-feira, 22, ao realizar ilações de que o partido teria sido comprado.

Wilder retrucou Balestra: ele não teria o direito de cometer crimes contra a honra de ninguém.“Respeito o deputado, mas essa é uma acusação que deveria ser acompanhada de prova, sob pena de ele estar cometendo um crime. Acusa o presidente nacional (senador Ciro Nogueira, do Piauí), acusa a mim e, em ambos os casos, falsamente. Não vou bater boca com ele por respeito ao próprio deputado, ao que ele representa e a seus amigos e familiares, mas alguém de sua estatura não deveria espalhar uma inverdade dessas”, disse Wilder ao Opção.

Wilder respondeu Balestra quanto a acusação de que ele “nada fez para a legenda”: “Fizemos centenas de filiações, realizamos diversos encontros regionais, investimos na formação política dos filiados. O partido não teve mais atividades porque foi condenado pela Justiça a ficar dez meses sem fundo partidário [repasses do diretório nacional], num prejuízo superior a meio milhão de reais. E o que deu esse prejuízo ao PP? Foi um balancete reprovado da época em que o PP era presidido pelo nobre deputado Roberto Balestra”, disse Wilder.

Ao “Opção”, Wilder comentou ainda  a acusação sobre “comprar as pessoas”: “O deputado precisa dizer quais pessoas eu comprei ou tentei comprar. Como não comprei nem tentei comprar ninguém, é mais uma acusação que não condiz com seu cargo de congressista. Respeito e faço tudo para merecer ser respeitado, mas o meu respeito ao deputado é incondicional, não depende sequer de ele falar a verdade a meu respeito”.

Com oito mandatos de deputado federal, Balestra perdeu o comando da legenda após a chegada de jovens lideranças, caso do José Eliton.

As insatisfações do pepista teriam a ver com o desejo dele reassumir o partido. Aos 72 anos, Balestra começou sua vida política aos 22 anos pela antiga Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação para a ditadura. Ele passou por seis legendas antes de chegar no PP: Arena, PDS, PDC, PPR e PPB.

Por sua vez, o senador  Wilder Morais tem 48 anos e começou na política a partir de sua filiação no DEM. Foi secretário de Infraestrutura e apresenta sólida carreira no segmento empresarial, com atuações no Brasil e exterior.  Engenheiro civil, é considerado um dos principais construtores de Carrefour no mundo.

 

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