Lotação do Materno Infantil pode ter contribuído para mortes
Diário da Manhã
Publicado em 21 de março de 2017 às 02:21 | Atualizado há 8 anosUma das hipóteses para a proliferação da bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) no Hospital Materno Infantil (HMI) seria a superlotação da unidade. A informação é de Sara Gardênia, diretora técnica do HMI.
Considerada uma superbactéria, a KPC já é de conhecimento de profissionais que atuam em unidades médicas. Transmitido em ambiente hospitalar, o microrganismo foi identificado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000.
O microbio sofreu mutação genética e conquistou resistência a inúmeros antibióticos, o que dificulta seu combate. Geralmente, a KPC contamina a pessoa quando ela entra em contato com secreções do paciente infectado. Daí que ambientes lotados costumam ser ideais para sua proliferação.
ISOLAMENTO
O caso do Materno Infantil provocou o isolamento da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin). As crianças que morreram estavam exatamente na Ucin.
Sara disse em entrevista ao site G1 que a unidade chegou a ter 35 crianças quando o máximo permitido chega a 22 bebês. O HMI investiga ainda a situação de quatro bebês, suspeitos de serem vítimas da mesma bactéria.
A KPC é encontrada em frutas, fezes, água, solo, vegetais, cereais, etc – por isso a necessidade de se evitar os ambientes hospitalares sempre que possível.
O micróbio causa pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada que levam à morte.
A Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) permanecerá fechada até amanhã, informa o HMI.
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