A política vista de fora…
Diário da Manhã
Publicado em 18 de março de 2017 às 02:29 | Atualizado há 8 anosEnquanto Goiás acompanha os bastidores da ‘corrida’ ao Palácio das Esmeraldas, Quirinópolis busca reconfigurar o quadro político também visando as eleições de 2018. Quando saiu os primeiros números das urnas em 02 de outubro, último, encerrou o ciclo de um gestor que tem identidade e história com a cidade, Odair Resende (PSDB), e reiniciou o ciclo de um outro gestor hábil, articulado e líder, Gilmar Alves (PMDB).
Agora, os bastidores mostram que o líder da Família Resende em Quirinópolis ainda é o principal político da agora oposição. Mas, como chegaremos em 2018 com este quadro atual, se pensarmos em Assembleia Legislativa e Câmara Federal?
Dono de um capital político, de 35.345 mil eleitores, a cidade ainda conta com um deputado estadual Paulo Cezar Martins (PMDB). O município sempre pode contar com dois deputados estaduais desde os anos de 1983, sendo, Humberto Xavier e Ângelo Rosa naquele ano; Nerivaldo Costa e Ângelo Rosa em 1987; Sodino Vieira e Nerivaldo Costa em 1991; Geraldo Lemos e Odair Resende em 1995; Nilo Resende e Geraldo Lem¬os em 1999; e Nilo Resende e Paulo Cezar Martins em 2003, 2007 e 2011.
Com os resultados das Eleições 2014, a cidade ficou com apenas um representante na atual legislatura da Assembleia, o parlamentar Paulo Cezar, e ainda trouxe um novo nome para a disputa como o ex-vereador por dois mandatos em Quirinópolis, Ronivon Sebastião Ferreira que obteve 8.139 votos.
O que esperar para 2018?
De um lado novos nomes como Rodrigo Goulart, ex-presidente da Câmara Municipal e recém candidato a vice-prefeito juntamente com o ex-prefeito Odair Resende. Ele é uma figura em ascensão na atual conjuntura política dentro do grupo que perdeu as eleições em 2016. Ronivon Ferreira que tem história política marcada pela mobilização enquanto ainda jovem, na qual ocupou os cargos já mencionados e desenvolve trabalhos com prefeitos e lideranças quirinopolinas na assessoria da vice-governadoria.
Forte, com uma tradição de família e de votos, Nilo Resende teria espaço dentro do atual quadro, já que poderia dentro de um prazo hábil estar se desligando do Tribunal de Contas do Município e voltando a trilhar os caminhos do pai, político nato e líder carismático Onício Resende. Dentro desta linha de pensamento o ex-prefeito Odair Resende e irmão de Nilo, com a trajetória de três mandatos de prefeito em Quirinópolis e uma de parlamentar em Goiás, ainda é fortíssimo a preencher a vacância, ou até mesmo ter uma pretensão a deputado federal.
Na atual ´situação´ em Quirinópolis, temos o deputado Paulo Cezar e um nome forte a candidato a deputado estadual e quem sabe a federal, o atual prefeito Gilmar Alves. Ele tem bom trâmite entre as várias prefeituras da região Sudoeste e um provável apoio do deputado estadual do município.
Há a possibilidade de o próprio deputado vir a federal e o atual gestor a estadual e no último caso os dois concorrendo por uma ou até mesmo a duas vagas, até por que as duas últimas eleições não mostraram um PMDB unido em torno de um único projeto acertado entre ambos.
Não é o objetivo deste artigo trazer certezas e sim uma reflexão maior sobre o momento atual de Quirinópolis que não encontra nem a base e nem a oposição unida em torno de um único projeto, o que afeta os moradores, pois, com menos representantes, menos recursos e espaços no cenário estadual.
(Paulo Teles, jornalista, fotógrafo e crítico político, quirinopolino morador em Goiânia)
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