Potencializar o futuro das crianças de Goiânia

O Plano Nacional de Educação (PNE) prevê que até o ano de 2020, 50% da população de 0 a 3 anos seja atendida em Centros Municipais de Educação Infantil. Mas já estamos em 2017 e o número de crianças matriculadas não chega a 25%. Ou seja, infelizmente, está meta não será atingida!

Então, temos dois caminhos a seguir. O primeiro é deixar as crianças, as famílias e o Brasil sofrerem as consequências desse déficit. O segundo é o poder público oferecer uma alternativa até que essa obrigação constitucional do Estado seja plenamente cumprida.

As crianças são 20 % da população, mas são 100% do futuro! E esse futuro poderá ser melhor se adotarmos mais medidas de atendimento a esse público. Será que não é possível colocar as crianças, que atualmente se encontram desassistidas, sob o guarda-chuva do poder público? Será que só restam as que não puderam ser matriculadas, o abandono do Estado? Ou podemos, paliativamente, acolhê-las de outra forma?

Em Goiânia, o projeto que estou apresentando na Câmara, o Mãe-Crecheira, é uma ação paralela de amparo aos pais e mães de família que precisam trabalhar e não tem com quem deixar seus filhos. E não se trata de reinventar a roda!

O Mãe Crecheira foi idealizado pelo jornalista, escritor e entusiasta da educação, Gilberto Dimenstein, e já funciona muito bem em cidades brasileiras do Sul e do Sudeste. Na prática, o programa regulamenta uma atividade já exercida por milhares de mulheres, especialmente da periferia. Que cuidam das filhas das vizinhas enquanto estas saem para trabalhar.

É preciso deixar claro que as candidatas deverão apresentar plena capacidade física, psíquica e mental. Possuir experiência e afinidade natural no trato com crianças e dispor de dependências físicas adequadas.  Além, é claro, de não possuir antecedentes criminais. Todas essas avaliações serão realizadas pelo município, que conta tanto com profissionais na área de saúde, quanto com profissionais na área da assistência social, para fazê-las.

A Secretaria Municipal de Assistência Social será a responsável pela fiscalização e execução do programa. Já a Secretaria Municipal de Saúde atuará na promoção de cursos periódicos às “Mães Crecheiras” sobre noções básicas de higiene e saúde.

Vale ressaltar que, apesar das Mães Crecheiras receberem uma bolsa mensal (cartão magnético), nenhum vínculo empregatício será criado pela prefeitura. E que apenas poderão ser atendidas pelo programa crianças de famílias de baixa renda, cujas mães comprovadamente exerçam atividades fora de casa.

O programa Mãe Crecheira é  uma iniciativa simples que transformará, de imediato, pra melhor a realidade socioeconômica de muitas famílias. E mais do que isso, trata-se de uma ação que vai potencializar o futuro dos pequenos goianienses que receberão maior apoio para sua formação.

Sabrina Garcez (PMB), vereadora por Goiânia