Cultura

Ricardo Leão lança o CD ‘A Lei do Amor’ em Goiânia

Redação

Publicado em 9 de março de 2017 às 02:35 | Atualizado há 8 anos

O pianista, compositor, arranjador, produtor e diretor musical Ricardo Leão acumula uma extensa carreira musical, com importantes passagens em trilhas musicais para TV, Teatro e Cinema. Como produtor e compositor musical, acaba de lançar o CD A Lei do Amor – Música Original de Ricardo Leão (Som Livre), com participações de instrumentistas renomados como o violoncelista Jaques Morelenbaum, o violinista Daniel Guedes, os violonistas Ricardo Silveira, Jairo Reis e Pedro Braga, o baixista Bororó, além de outros músicos. Feita sob medida para narrativa da novela da TV Globo, das 21 músicas instrumentais que compõem o CD, 20 faixas são inéditas e autorais, e traz uma releitura: a clássica “Asa Branca” de Luiz Gonzaga (Bônus Track). No dia 9 de março, no Teatro do Sesi, em Goiânia, Ricardo Leão se apresentará ao vivo com a Orquestra Sinfônica de Goiânia, em show único, com entrada gratuita.

Ricardo conta que foi um desafio trabalhar nas músicas do CD, onde colocou nos temas dos personagens e nas músicas incidentais toda a vivência adquirida. “Quando fui convidado por Denise Saraceni (diretora artística) e por Marcel Klemm (Gerência Musical TV Globo) para fazer a Música de A Lei do Amor senti aquela ansiedade de um iniciante compondo a sua primeira trilha. Tanto é que quando me perguntam quanto tempo levei para compor e gravar a trilha respondo: 57 anos”, comenta. Os últimos trabalhos de Ricardo como compositor estavam ligados à comédia (os seriados Pé na Cova, Mr Brau, o longa SOS Mulheres ao Mar) e esperava a oportunidade para produzir uma música angustiante, tensa que pontuasse grande parte da trama. “A novela traz cenas bonitas, fortes e perturbadoras, o que me deu uma infinidade de ideias musicais. E apesar de emoldurar muito bem as cenas eu sinto que ela tem vida própria fora delas. E foi esse o principal motivo de lançar o CD”, define.

Durante as gravações nos estúdios Jaula do Leão e Fibra, Ricardo se dividiu também entre execução, arranjos e orquestrações (exceto nas faixas “Romance” e “Idas e Vindas”, que teve orquestração, transcrição e regência do maestro Vittor Santos). Mas não é só de pentagramas, figuras e notas musicais que se baseia o trabalho de um produtor musical. Ideias diferenciadas são essenciais para complementar a ambientação musical. Para criar as composições, Leão foi para o interior das cidades de Goiás e de São Paulo e gravou violas caipiras com músicos locais. Não por acaso a cidade fictícia de São Dimas fica no interior paulista, onde se passa a novela. Ao lado dos músicos, o maestro Jaques Morelenbaum arranjou seu violoncelo ao contexto musical proporcionando um encontro inusitado e original, colocando a música de raiz lado a lado com a música erudita – essa mistura pode ser ouvida nas faixas “São Dimas”, “O Dom”, “Triste Helo” e “Os Reveses”. “Usei o violoncelo de Morelenbaum também como um instrumento de percussão e de efeitos sonoros causando um misto de tensão e estranheza nas cenas de suspense da novela”, explica.

O CD traz também uma orquestra de cordas e madeiras com 16 instrumentos – a cargo dos violinistas Ricardo Amado, Daniel Guedes, Antonella Pareschi e do clarinetista Dirceu Leite. Os pianos foram gravados em três locais diferentes, o que proporcionou sonoridades diferentes para situações diversas na confecção da trilha. Para gravar o tema “As Águas de São Dimas”, Ricardo convidou o percussionista Alex Fonseca que gravou as percussões tocando em bacias, gamelas e baldes cheios de água. Ele explica o efeito desejado: “O ritmo extraído das águas fez um contraponto com os Cellos sincopados e os violinos intensos e cheios de lirismo”.

 

Sobre Ricardo Leão

Há 32 anos no Rio de Janeiro, o goiano Ricardo Leão é detentor vários prêmios e traz a sua assinatura em aproximadamente 300 discos. É hoje um dos músicos mais atuantes da cena musical brasileira. Cursou Licenciatura em Música na UFG e estudou Piano Clássico com os mestres Dalva Pires, Glacy Antunes, Camargo Guarnieri e Luis Eça.

Em Goiânia, começou sua carreira ainda menino aos 12 anos quando tirou o 3º lugar no I Comunica-Som com a música“Comuni-municação”. Em 77 ficou em 4º lugar no VI Comunica-som com a Música “Festa Comum” ao lado do parceiro Carlos Brandão. Os dois também ganharam o Gremi de Inhumas em 1980 com “Um Amor Assim”.

Em 2010 recebeu do Governo de Goiás o título de Comendador pelos relevantes serviços prestados ao Estado na área da Cultura; Em 2011 ganhou o prêmio de Melhor Música no Festival de Cinema de Goiânia e foi indicado como Melhor Música no Festival de Gramado com o Filme “O Carteiro” de Reginaldo Faria.

 

]]>

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias