Opinião

Respeitar o trânsito é respeitar a vida

Diário da Manhã

Publicado em 7 de março de 2017 às 02:32 | Atualizado há 8 anos

Capital projetada para 50 mil habitantes, Goiânia tem hoje mais de 1,4 milhão de residentes e quase um veículo por pessoa – 1,1 milhão. Ao longo de oito décadas, a cidade cresceu exponencialmente, especialmente para as regiões Norte e Sul. No entanto, as ruas e avenidas, mesmo as recém-construídas, não conseguiram dar vazão à quantidade de carros, motocicletas e caminhões, que disputam cada metro de asfalto na cidade.

Talvez por isso, ocorram alterações contínuas no trânsito, como mudança de sentido das vias, semáforos no lugar de rotatórias, proibição de conversão e de estacionamento, dentre outras intervenções. Ainda assim, dez entre dez motoristas goianienses reclamam de lentidão no trânsito, especialmente nos horários de pico nos bairros mais adensados, como Bueno, Marista, Centro e Sul.

Mas será que o alargamento de vias e intervenções pontuais são suficientes para mudar o trânsito da capital? Evidente que não. É preciso que cada motorista, motociclista, ciclista e pedestre faça sua parte. É responsabilidade de todos buscar um trânsito mais seguro. E a questão não é apenas de educação, é também de humanidade. Pelo menos uma pessoa morre todo dia nas ruas e avenidas de Goiânia. Famílias são despedaçadas pela imprudência.

É imprescindível respeitar as normas de trânsito. Placas de sinalizações, semáforos e faixas de pedestres não são artigos de enfeite. Elas são feitas para garantir não somente o fluxo de veículos, mas também para preservar a vida. Se cada cidadão fizer sua parte, dirigir de forma segura, com respeito às leis e ao próximo, é possível reduzir a violência no trânsito. E não é utopia. É algo perfeitamente possível. Depende de cada um.

E um dos caminhos que levam a essa mudança de comportamento passa pela educação. É preciso preparar as novas gerações para exercer a cidadania no trânsito. Os motoristas do futuro também são multiplicadores. Quando aprendem sobre comportamento seguro (orientações sobre segurança, meio ambiente, respeito à vida e compartilhamento das vias públicas), eles replicam o conhecimento em suas comunidades.

Para os motoristas de hoje, reforço nas campanhas educativas, especialmente em alertar sobre os perigos em se dirigir falando ou teclando no telefone celular ou após a ingestão de bebidas alcoólicas. E, em último caso, ações repressivas.

No entanto, educação e fiscalização, sem um posicionamento firme de cada cidadão, seja ele pedestre, ciclista, motociclista ou motorista, dificilmente resultará em um trânsito mais humano. Por isso, é necessário e urgente o respeito à legislação. Respeitar as normas de trânsito é respeitar a vida. É o pleno exercício da cidadania.

 

(Manoel Xavier Ferreira Filho, presidente do Detran-GO)

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