É tempo de colher

Valorizar o setor agrícola, sem dúvida o mais dinâmico da economia brasileira, é um dos caminhos para que o país supere a crise que vivemos desde 2015 e que afundou a nossa economia, nossa confiança e os empregos dos trabalhadores.

A agricultura está na raiz da formação do nosso povo e no dia a dia da maior parte dos mais de 5 mil municípios do país. É do campo, ou do que é produzido nele, que vem o sustento de milhões de brasileiros. Basta pegar a estrada saindo de qualquer uma das grandes capitais rumo ao interior para perceber a grandiosidade do Brasil rural apontando à beira de cada rodovia.

O mundo inteiro deposita aqui esperanças de que, em um futuro próximo, possamos ser o celeiro do planeta, atendendo as demandas cada vez maiores por produtos alimentícios, à medida que a população se multiplica. Tenho orgulho de ser um dos representantes desse setor na Câmara Federal e de trabalhar, desde o meu primeiro mandato, para que o homem do campo tenha o respeito que lhe é de direito.

No ano passado, além da crise, infelizmente o produtor rural teve que lidar com o clima adverso, que provocou queda na produção. Mas agora, os bons ventos que já começam a soprar na economia também indicam que será um bom ano para o agronegócio. Segundo reportagem do Jornal Folha de São Paulo, as previsões são de que o setor agrícola vá injetar R$ 546 bilhões na economia nacional, R$ 15 bilhões a mais do que no ano passado, isso sem contar o que vai ser movimentado em frente, no comércio, ou no processamento desses produtos.

O setor de grãos, que é o nosso carro chefe, deve ter safra recorde de 220 milhões de toneladas este ano. Só milho e soja devem superar em 31 milhões de toneladas a produção do ano passado. Além da questão do clima, o que contribui a favor desse otimismo com a produção é o fato de que os produtores estão conseguindo mais crédito.

Como único ramo da economia presente em todo o território nacional, sem exceção, a agricultura é também um termômetro da confiança no país. Junto com outros dados econômicos, como a queda da inflação, a expectativa por uma retomada forte do setor agrícola é indicativo de que o pior desse período tenebroso no país já passou, e que agora é hora de colher o resultado do esforço que fomos obrigados a fazer nesses dois últimos anos. E a esperança, nos dois sentidos, é de uma boa colheita.

(Roberto Balestra, deputado federal pelo Partido Progressista)