Politica

Não se pode, de um dia para outro, fazer milagre

Hélio Lemes da Silva Filho

Publicado em 11 de abril de 2017 às 00:33 | Atualizado há 8 anos

Ao fazer um balanço dos 100 dias de administração, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), afirmou que, “de um dia para outro, não é possível fazer milagre” e que realizou ações básicas, como tapar os buracos de ruas e avenidas e combate ao matagal.
Em entrevista ao jornalista Paulo Beringhs, do site Goiás Verdade, Iris Rezende disse que questões pontuais – dificuldades na Maternidade Dona Iris e paralisação dos servidores da Educação – serão tratadas no andamento da administração. “Em primeiro lugar, esses servidores vão sentir que a minha luta hoje é para proporcionar, sobretudo, dignidade a eles”.
Mais uma vez, o peemedebista lembrou que recebeu, em 1º de janeiro último, a Prefeitura de Goiânia com uma dívida de R$ 600 milhões e déficit mensal de R$ 30 milhões. “Vou continuar trabalhando noite e dia, promovendo mudanças, ajustando a máquina para que possamos fazer aquilo que prometi durante a campanha: realizar a administração mais bela da minha vida”.

Confira a entrevista

Com mais de cem dias, qual a nota que o senhor dá para a sua administração?
– Estamos completando cem dias de governo. Nesse período, posso dizer que não descansei um só dia. Noite e dia voltado para a prefeitura. Assumimos a prefeitura numa situação muito complexa. As ruas tomadas de buracos, matagal tomando conta das praças, dos cemitérios, pessoas morrendo às portas dos Cais, uma desorganização e com um débito que ninguém poderia imaginar, em torno de 600 milhões de reais. Folha da saúde atrasada. Passaram cem dias e a cidade hoje já está começando a ficar bonita, já está quase limpa. Matagal já foi roçado, os cemitérios já estão dando dignidade às famílias dos mortos. As praças já começam a se mostrar, os alunos já começam a perceber uma mudança de comportamento da administração. Dentro de poucos dias, a cidade estará recebendo assistência médica à altura do merecimento de sua população. Vou continuar trabalhando noite e dia, promovendo mudanças, ajustando a máquina para que possamos fazer aquilo que prometi durante a campanha: realizar a administração mais bela da minha vida.

Eu ouço das pessoas, quando ando pela cidade, a presença do senhor nas ruas… As pessoas falam: “Cadê o prefeito?”…
– Eu senti uma coisa…é questão de comportamento e de experiência. Todos os dias estou visando as ruas de Goiânia para saber se realmente as coisas estão funcionando. Eu não estou aí para aparecer, no momento, não é hora. Estou aí para resolver as questões. É o que eu digo: muitos milhares e milhares de buracos pela cidade e a primeira atitude foi a de chamar a empresa que ganhou a concorrência para fornecer à prefeitura, no passado, o betume para asfalto e tapar buraco. Por que ela suspendeu o trabalho? Porque a empresa não recebia o pagamento. Eu chamei e disse: daqui para a frente, o que a empresa fornecer de material, a prefeitura vai pagar até o dia dez de cada mês. Dívida do passado foi discutir depois. A empresa disse: “Perfeitamente”. Então, com sessenta, noventa dias, a cidade já está praticamente sem buracos no asfalto. Chamei também as empresas que ganharam a concorrência para aluguel de máquinas, caminhões e veículos e que haviam suspendido o fornecimento dois meses dos término da administração anterior pela falta de pagamento de mais de cem milhões reais. Suspenderam por não recebiam. Eu as chamei: se quiserem continuar fornecendo as máquinas e veículos, o pagamento será feito até o dia dez de cada mês. Dívidas vou discutir depois, pois em primeiro lugar devo me preocupar é com a população, que está aí morrendo às portas dos Cais, com pessoas que são prisioneiras dentro de casa por falta de segurança. Estou na hora de trabalhar.

Mas é importante também o senhor dar informação à população do trabalho que faz…
– As mudanças que estou fazendo agora são de ordem administrativa e, ao mesmo tempo, colocando a máquina para funcionar. Escolhi uma equipe de auxiliares que muita gente não esperava. Os secretários de Obras, da Saúde e da Saúde são pessoas que não militavam na política, mas eu fui buscar aqueles que pudessem fazer a diferença. E a população começa a sentir o trabalho que estamos fazendo.

Quais os planos para a saúde e a educação, quando existem problemas, pois a Maternidade Dona Iris está com dificuldades de funcionamento e os professores anunciam greve. Como o senhor vai tratar essas questões?
– A minha experiência, o meu equilíbrio me levam a entender essas situações com muita prudência e com calma. Em primeiro lugar, esses servidores vão sentir que a minha luta hoje é para proporcionar, sobretudo, dignidade a eles. Quando assumi a prefeitura, os servidores da saúde estavam acampados no Paço, há muitos dias, porque não recebiam os seus salários. Pagamentos os meses de janeiro, fevereiro e março. Não tem salário de funcionário atrasado. Essas questões pontuais estão sendo discutidos durante a administração. Não se pode, de um dia para o outro, fazer milagre. Dependemos daquilo que arrecadamos. Qual é a minha ação hoje? Reduzir despesas, porque o déficit da prefeitura, nos últimos dois anos, era de trinta e um milhões por mês. Quer dizer, a prefeitura gastava trinta e um milhões a mais do que arrecadava. Essa é a situação de chegar a esse montante de dívidas. Estamos fazendo cortes e, ao mesmo tempo, procurando aumentar a receita. Com o término das chuvas, nos próximos dias, a partir de 1º de maio, já estaremos com os mutirões de volta nos bairros de Goiânia. A cada fim de semana, sete, oito, nove bairros participarão do mutirão, com a presença da população. A população vai sentir a ação da prefeitura na solução dos problemas pontuais nessas regiões.

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