Cotidiano

Termina hoje encontro de autismo

Redação

Publicado em 8 de abril de 2017 às 02:28 | Atualizado há 8 anos

  • Temas como seletividade alimentar, terapias mais eficazes,comunicação funcional, mecanismos biológicos que cercam o autismo e adaptação curricular, entre outros, estarão no centro dos debates
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    Termina hoje o 2º Encontro Goiano de Autismo, evento realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. O encontro traz a presença de palestrantes de outros Estados e discussões acerca de pesquisas que estão sendo encampadas por especialistas brasileiros que buscam entender o mecanismo biológico do autismo. As inscrições estão esgotadas.

    Segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, atualmente a cada 45 crianças, uma está no espectro do autismo. A título de comparação, a estimativa no Brasil dos casos de Síndrome de Down, embora não oficial, aponta a proporção de 1 para 700. Seriam cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down e 2 milhões de autistas no país.

    “O autismo tornou-se uma pauta urgente de saúde pública. As unidades do SUS não conseguem absorver a demanda de pacientes e, mesmo que todos os pais conseguissem custear o tratamento particular, que precisa ser intensivo e pode durar toda a vida, não há profissionais suficientes para atender essa parcela da população”, alerta o neuropediatra Hélio van der Linden Júnior, um dos organizadores do encontro.

    CONFERÊNCIAS

    O que esperar de terapias baseadas na Análise do Comportamento Aplicada? Esse foi o tema que abriu o primeiro dia de conferências e que foi conduzido pela pós-doutora em Psicologia Comportamental para Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) pelo Centro Médico de Nebraska (EUA), Ana Carolina Sella, também professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

    Outro destaque do 2º Encontro Goiano de Autismo é a participação da professora da Universidade de São Paulo (USP), Patrícia Beltrão Braga, que coordena o projeto “A fada do dente” ao lado do neurocientista brasileiro Alysson Muotri, do Instituto Salk, na Califórnia (EUA). Esse trabalho busca estudar os mecanismos biológicos envolvidos no TEA por meio de dentes de leite coletados de crianças com autismo por todo o Brasil. “Deles são extraídas células que podem ser transformadas em células-tronco semelhantes às embrionárias e posteriormente diferenciadas em neurônios”, sintetiza ela. Além do projeto, Patrícia vai falar sobre “Modelando o cérebro para entender o autismo”.

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