Os reality shows mais estranhos do mundo
Diário da Manhã
Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 00:49 | Atualizado há 2 semanasEstreou ontem a nova temporada de um dos reality shows de maior sucesso da história da televisão brasileira. Com novo formato, o Big Brother Brasil 2017 vem também com um novo apresentador. Tiago Leifert foi remanejado pela emissora para comandar o reality. E se a gente já acha meio (totalmente) absurdo expor a própria história de vida, a própria intimidade, tramar contra os “parceiros” de jogo em nome de um prêmio milionário, imaginem um programa onde praticamente tudo é “permitido”, inclusive desobedecer às leis?
Essa é a idéia de Yevgeny Pyatkovsky, empresário russo e produtor do reality show que pretende mandar os participantes para a Sibéria, onde as temperaturas chegam a -40°. Segundo o empresário, os participantes deverão assinar um documento onde isentam a emissora de televisão de qualquer responsabilidade em relação a eles, mesmo em caso de morte, estupro (isso mesmo!) ou qualquer outra forma de desobediência às leis da Federação Russa, as quais se submeterão. “Não vamos ter relação nenhuma com isso e tudo será explicado em um documento assinado por cada um dos participantes antes do começo do programa”, sinalizou Pyatkovsky. O reality show russo é inspirado no filme “Jogos Vorazes” e a “moral” do programa é testar a capacidade de sobrevivência dos participantes. O prêmio pode ultrapassar os cinco milhões de reais.
Outro reality que também desafia a aceitação humana sobre até que ponto se deve chegar para atingir um objetivo, entre eles a própria audiência, é o reality norte americano “I Want a Famous Face”, transmitido pela MTV no começo dos anos 2000. O objetivo único do reality show, como está mais que explicitado em seu nome, é “ajudar” os participantes a conseguirem um rosto o mais parecido possível de seus ídolos. O programa só teve uma única temporada, de doze episódios, entre os anos de 2004 e 2005.
Esse tipo de situação nos faz perceber que Black Mirror não está num futuro tão distante assim. Aos contrário, as situações representadas na série são mais atuais do que imaginamos, uma maximização da nossa realidade, e de como nos comportamos perante a tecnologia, a internet e o ego que estes alimentam. Seguindo a linha bizarra dos realitys, na década de 1990 o Japão colocou no ar o Prize Contest Life, onde Nasubi, um jovem de 23 anos era filmado 24 horas por dia, num apartamento completamente vazio, onde ele tinha acesso a apenas uma cafeteira, um telefone e algumas revistas. Sem roupas, comida, ou nem mesmo um colchão, Nasubi devia adquirir novos objetos à medida que aceitava participar de desafios e competições e, vencendo, levaria um item não tão necessário assim. A exemplo de um kit de calcinhas e um par de ingressos para um show das Spice Girls (lembrando que Nasubi não podia sair do apartamento).
Após meses de confinamento, o participante foi levado para a Coreia, onde teve de enfrentar novos desafios para “custear sua moradia”. Quinze meses se passaram, sem ter uma mínima noção de que o mundo exterior o considerava uma celebridade, quando Nasubi foi levado à uma sala vazia, que na verdade se tratava de um palco de um programa de auditório de televisão. O ápice se deu após ele conseguir acumular um milhão de ienes. As paredes da suposta sala caíram, e Nasubi apareceu nu, ao vivo, para mais de 15 milhões de espectadores.
Galinhas drag queens
Um dos reality shows mais hilários já elaborados nos últimos tempos e que ganhou a internet, foi o criado pela piauiense Priscylla Oliveira, que mora em Valparaíso de Goiás, e estuda Serviço Social na Universidade de Brasília. Durante as férias, a universitária foi para Inhuma, interior do Estado do Piauí, na casa de uma tia, cenário do reality show, inspirado numa das paixões da jovem, o reality “Ru Paul Drag Race”, onde drag queens competem entre si. “Pedi pra minha prima pegar umas roupinhas, daí fomos vestir as galinhas. Cada uma que vestíamos era 1 hora rindo. Daí escrevi os nomes das participantes e suas características e fomos gravar. Não foi nada super planejado, surgiu e a gente fez logo, por isso postei sem edição, nem nada. Foi tudo muito espontâneo!”
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