PC prende organização criminosa responsável por desvios de R$ 8 milhões
Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 01:07 | Atualizado há 8 anosA Polícia Civil, por meio do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) e da Delegacia de Investigação Criminal (Deic), desarticulou uma organização criminosa interestadual especializada em crimes tributários, em especial sonegação de impostos.
A organização utilizava um complexo sistema de lavagem de capitais e falsificações de documentos, tendo como base a criação de 26 empresas de fachada em Goiânia e utilização de transações bancárias de instituições financeiras. No total, R$ 8 milhões foram desviados por esta organização criminosa.
Jadir Martins Borges Junior, Bruno Carvalho Borges, Rogério Batista dos Santos e Donizete José Ferraz teriam se associado a um grande empresário do Estado de São Paulo, com intuito de transferir diversos valores relacionados a transações financeiras da empresa paulista BMP Utilidades Domésticas S.A.
De acordo com o delegado titular do GAB, Alex Vasconcellos, a organização aliciava, em regra, garotas de programa para figurarem como laranjas das empresas de fachada, em troca de uma remuneração mensal. “Apesar de uma empresa faturar R$ 1,8 milhão, eles davam uma ajuda simbólica para estas garotas, por volta de R$ 50”, afirma.
A prisão de Jadir Martins Borges Júnior, Bruno Carvalho Borges e Donizete José Ferraz foi feita em flagrante na sede do escritório da organização criminosa, no shopping Plaza D’oro, no Setor Eldorado, em Goiânia. No local, também funcionava uma empresa de fachada. Rogério Batista Dos Santos está foragido e tem a prisão preventiva em aberto.
Com os investigados foram apreendidos diversos documentos relacionados às empresas fantasmas, cheques em branco assinados pelos laranjas, cheques devolvidos por falta de crédito, cartões de créditos com bandeiras de alta linha e máquinas de cartão.
Os investigados serão indiciados pelos delitos de formação de organização criminosa, crime tributário, falsidade ideológica, lavagem de capitais e estelionato e podem pegar até 28 anos de prisão.
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